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Policiais resgatam gata ferida e percebem que o lar ideal estava mais perto do que pensavam

Daniel Faria

Uma gata debilitada que buscava abrigo em um quartel encontrou não apenas ajuda, mas também uma nova família. O gesto de solidariedade de uma equipe de policiais transformou o destino do animal e trouxe um novo integrante inesperado para a corporação.

Um resgate improvável

No dia 10 de março de 2024, a sargento Karine notou uma gata tricolor mancando pelos arredores da unidade policial em Grand-Pressigny, no interior da França. A felina estava claramente ferida, com problemas em uma das patas e sinais de cansaço extremo. Sensibilizados, os policiais improvisaram um espaço acolhedor para que ela pudesse descansar, oferecendo água fresca e ração.

A ideia inicial era encaminhá-la a um abrigo. No entanto, o centro de proteção animal da região não tinha condições de receber novos gatos devido a um surto de infecção que obrigava a manter a quarentena por meses. Sem alternativa imediata, os militares decidiram cuidar dela por conta própria.

Um nome e um novo começo

A gata foi levada a uma clínica veterinária em Ligueil, onde recebeu atendimento completo. Os exames revelaram que tinha apenas um ano de idade, mas, além dos ferimentos, também apresentava um problema gastrointestinal que exigia tratamento. Após a estabilização e o procedimento de esterilização, ela retornou ao quartel — lugar que, pouco a pouco, passou a chamar de lar.

Foi ali que ganhou um nome: Una. Desde então, vive nos corredores da brigada sob a responsabilidade do policial Alban, que assumiu o papel de seu tutor oficial. A convivência diária transformou-se em um laço de confiança mútua: Una se recupera cercada de cuidados, e os policiais se revezam para garantir sua segurança e bem-estar.

Uma família inesperada

O compromisso da equipe não parou no resgate. Além dos cuidados básicos, os próprios policiais decidiram dividir entre si os custos veterinários, mostrando que a adoção de Una foi, de fato, um ato coletivo. Hoje, ela circula pelo quartel como se fosse mais uma integrante da corporação — e é recebida com carinho por todos.

De gata errante e ferida a mascote oficial, Una encontrou, onde menos esperava, uma segunda chance. Para os policiais, a experiência reforçou algo simples, mas essencial: às vezes, o verdadeiro lar não está distante, mas sim no lugar onde alguém decide abrir espaço para o afeto e a responsabilidade.

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