Você já se perguntou por que certas flores são mais atraentes para as abelhas? Novas pesquisas sobre abelhas e nutrição parecem ter encontrado a resposta para esta questão.
Uma pesquisa recente da Estação de Pesquisa das Montanhas Rochosas do Serviço Florestal do USDA e da Universidade de Nevada, Reno, esclarece isso.
O estudo revela como o valor nutricional do pólen das plantas influencia o comportamento de forrageamento das abelhas e a composição da comunidade nos jardins.
Esta descoberta é crucial, especialmente quando se consideram implicações maiores, como o combate ao declínio das populações de polinizadores através de melhores estratégias de restauração de pastagens.
Exigências nutricionais das abelhas
O estudo investigou os hábitos de alimentação das abelhas selvagens, descobrindo que diferentes espécies de abelhas têm necessidades nutricionais variadas.
“A nutrição é amplamente reconhecida como um fator-chave no combate ao declínio dos polinizadores, e as plantas variam no conteúdo de proteínas e lipídios dos pólens que oferecem às abelhas”, explica o autor principal, Dr. Anthony Vaudo, cientista biológico pesquisador da RMRS.
Ele enfatiza a importância da nutrição do pólen, especialmente para o desenvolvimento de larvas de abelhas, que dependem do pólen como principal fonte de alimento.
“Queríamos focar esse aspecto da nutrição e forrageamento e seus efeitos diretos na saúde das abelhas em desenvolvimento”, acrescentou.
Implicações para as plantas e a nutrição das abelhas
Dr. Vaudo e sua equipe analisaram o conteúdo de proteínas e lipídios no pólen de 109 espécies de plantas na região da Grande Bacia. Essas plantas florescem simultaneamente, proporcionando uma visão abrangente do cenário nutricional disponível para as abelhas.
A pesquisa descobriu que o conteúdo nutricional do pólen em diferentes comunidades vegetais prevê os tipos de comunidades de abelhas que elas atraem.
Um aspecto intrigante de suas descobertas é que muitas abelhas não demonstram lealdade a famílias ou gêneros específicos de plantas. Em vez disso, as suas preferências baseiam-se em necessidades nutricionais mais fundamentais.
Esta percepção é especialmente relevante ao selecionar sementes para conservar habitats de abelhas e comunidades de plantas.
Melhorando os esforços de conservação das abelhas
O estudo também revela que as plantas de gêneros relacionados oferecem nutrição de pólen semelhante, tornando-as funcionalmente semelhantes às abelhas. Este conhecimento poderia prever como uma abelha poderia escolher uma planta hospedeira em novos ambientes.
“Isso traz oportunidades interessantes para futuras pesquisas de restauração e pode mudar a forma como as comunidades de abelhas podem ser conservadas ou melhoradas”, disse Vaudo.
“Por exemplo, elaborar um projeto de restauração com plantas com maior diversidade nutricional e testar para ver se elas atraem mais abelhas ou uma maior diversidade de abelhas.”
Ele destaca um ciclo de feedback benéfico onde o aumento da polinização leva a uma maior produção de sementes, apoiando populações de abelhas mais saudáveis e oferecendo resiliência em ambientes em mudança.
“Esta ideia de diversidade nutricional pode apoiar populações de abelhas mais saudáveis e, esperançosamente, proporcionar resiliência em ambientes em mudança”, explicou Vaudo.
Em resumo, esta pesquisa não só melhora a nossa compreensão do comportamento de forrageamento das abelhas, mas também abre novos caminhos para esforços de conservação.
Ao considerar as necessidades nutricionais das abelhas, podemos conceber estratégias mais eficazes para nutrir e preservar estes polinizadores vitais, garantindo a saúde dos nossos ecossistemas e a produtividade agrícola.
O estudo completo foi publicado no Anais da Academia Nacional de Ciências.
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