Meio ambiente

Simulação de peste zumbi: cenário de surto de zumbis na Finlândia criado por cientistas para desacelerar a próxima pandemia (estudo)

Santiago Ferreira

Pandemias são surtos de doenças virais que se espalham por países, regiões e continentes em todo o mundo.

Embora os virologistas nas últimas décadas tenham aumentado os seus conhecimentos na compreensão dos agentes patogénicos, os especialistas em saúde ainda colocam a probabilidade de que a próxima pandemia mundial seja possível em meados ou no final do século XXI.

Considerando a pandemia de COVID-19, o último surto significativo de doença global, a propagação do novo coronavírus no início de 2020 e os meses seguintes provaram que o mundo não está totalmente preparado.

Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um espaço reservado para o nome “Doença X” para representar um patógeno hipotético e desconhecido que poderia causar a próxima pandemia no futuro.

Agora, cientistas na Finlândia criaram uma simulação de peste zombie para o país e compararam-na com a propagação de agentes patogénicos do mundo real, que inclui vírus e bactérias, que podem causar a próxima pandemia mundial.

O cenário do surto de zombies na Finlândia assemelha-se à forma como as autoridades irão combater e abrandar outra pandemia global, em que a Doença X representa a maior ameaça.

Surto de zumbis na Finlândia

Num comunicado de imprensa de 26 de outubro, investigadores da Universidade Aalto em Espoo, Finlândia, anunciaram o seu estudo intitulado Aprendendo com os mortos-vivos: simular pragas de zumbis na Finlândia pode ajudar a desacelerar a próxima pandemia.

O anúncio destaca um hipotético surto de zumbis na Finlândia, explorando como os indivíduos ou a população local combaterão a infecção durante as interações entre humanos e zumbis.

Além disso, o estudo também teve em conta a forma como as autoridades locais, que incluem autoridades de saúde e forças de segurança, responderão durante uma simulação de peste zombie.

Este cenário hipotético mostra que as autoridades finlandesas têm apenas uma pequena janela de tempo para responder caso o surto comece na capital do país, Helsínquia.

A falha em conter as infecções significa que elas se espalharão por todo o país.

Simulação de praga zumbi

Uma das conclusões do estudo da Universidade de Aalto é que uma infecção zombie em Helsínquia se espalharia rapidamente, o que significa que as intervenções das autoridades para mitigar ou impedir a propagação do surto terão de ser implementadas rapidamente.

Com base na simulação da peste zumbi na Finlândia, serão necessárias apenas sete horas para colocar Helsinque em quarentena completa, mesmo com uma única infecção zumbi.

O mesmo prazo vale também para uma opção alternativa de matar os zumbis na capital.

Segundo a principal autora do estudo, Pauliina Ilmonen, professora universitária do departamento de Matemática e Análise de Sistemas, foi surpreendente que as questões morais devam ser ponderadas como “entre os direitos dos indivíduos e os direitos de uma população”.

A próxima pandemia do mundo

Determinar a próxima data da próxima pandemia mundial é um desafio, uma vez que pode resultar de surtos de doenças existentes ou de novas infecções, especialmente transmissões zoonóticas ou agentes patogénicos que se espalham de animais para humanos.

Em relação ao hipotético estudo do surto zombie na Finlândia, os dados analisados ​​e interpretados pela Universidade Aalto oferecem de alguma forma uma perspectiva teórica e prática de como seria a próxima pandemia.

No entanto, há uma infinidade de fatores envolvidos na simulação da praga zumbi.

Ainda assim, esse relatório baseado em matemática afirma que combater uma infecção zombie é fundamentalmente semelhante quando se trata de lidar com a propagação de pandemias causadas por agentes patogénicos, bem como com a desinformação.

Santiago Ferreira é o diretor do portal Naturlink e um ardente defensor do ambiente e da conservação da natureza. Com formação académica na área das Ciências Ambientais, Santiago tem dedicado a maior parte da sua carreira profissional à pesquisa e educação ambiental. O seu profundo conhecimento e paixão pelo ambiente levaram-no a assumir a liderança do Naturlink, onde tem sido fundamental na direção da equipa de especialistas, na seleção do conteúdo apresentado e na construção de pontes entre a comunidade online e o mundo natural.

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