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Os polvos ajustam sua estratégia de caça de acordo com a presa

Santiago Ferreira

Conhecidos por seus oito braços, os polvos aproveitam todos esses apêndices para se moverem na água e capturarem presas. Embora seus movimentos possam parecer estranhos e aparentemente não planejados na maioria das vezes, um novo estudo liderado pela Universidade de Minnesota (UMN) descobriu que os polvos preferem certas armas a outras quando caçam, em vez de usar todas as armas igualmente, dependendo do tipo de. presa que pretendiam capturar.

“Normalmente, quando você olha para um polvo por um breve período, nada é repetível. Eles se contorcem… e parecem estranhos em seus movimentos exploratórios”, disse o autor sênior do estudo, Trevor Wardill, professor assistente de Biologia na UMN.

Juntamente com sua equipe, Wardill estudou o comportamento do polvo de duas manchas da Califórnia (Polvo bimaculoides), que vive cerca de dois anos e cresce até ficar do tamanho de bolas de tênis. Ao colocar diferentes tipos de presas – incluindo caranguejos e camarões – nos tanques onde os polvos eram mantidos, os cientistas descobriram que cada tipo de presa exigia diferentes técnicas de caça.

Embora não importasse o tipo de presa que aparecesse, os polvos iniciavam seu ataque usando o segundo braço do meio, quando caçavam caranguejos atacavam a presa com um movimento de gato, enquanto, ao caçar camarões muito mais rápidos, eram mais cuidado para evitar assustar suas presas e usou os braços vizinhos dois e três para protegê-las.

Os pesquisadores ficaram surpresos ao ver quão excessivamente repetível era o comportamento de caça dos polvos e quão previsivelmente eles começaram a capturar as presas com o segundo braço. Uma melhor compreensão de como essas criaturas operam seus tentáculos poderia servir de inspiração para engenheiros que desejam projetar robôs de inspiração biológica.

“Os polvos são extremamente fortes. Para eles, agarrar e abrir uma porta é trivial, dada a sua destreza. Se pudermos aprender com os polvos, então poderemos aplicar isso na criação de um veículo subaquático ou na aplicação de um robô macio”, concluiu o professor Wardill.

O estudo está publicado na revista Biologia Atual.

Por Andrei Ionescu, Naturlink Funcionário escritor

Santiago Ferreira é o diretor do portal Naturlink e um ardente defensor do ambiente e da conservação da natureza. Com formação académica na área das Ciências Ambientais, Santiago tem dedicado a maior parte da sua carreira profissional à pesquisa e educação ambiental. O seu profundo conhecimento e paixão pelo ambiente levaram-no a assumir a liderança do Naturlink, onde tem sido fundamental na direção da equipa de especialistas, na seleção do conteúdo apresentado e na construção de pontes entre a comunidade online e o mundo natural.

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