Animais

O guia do reino animal para amar

Santiago Ferreira

Como Shakespeare escreveu uma vez, o amor é cego. Felizmente, temos animais para nos guiar. Aqui estão quatro lições sobre amor e aceitação de criaturas na natureza.

Liberdade de escolher

Esses tentilhões de zebra sabem que, quando se trata de procriação, ajuda a ter uma opinião sobre o assunto. Um novo estudo descobriu que os pássaros que selecionaram seus próprios companheiros tinham 37 % mais chances de produzir filhos do que os pássaros colocados em parcerias organizadas. Os resultados também sugerem que os pássaros escolheram seus companheiros com base na compatibilidade comportamental – sempre um movimento sábio.

Trair não é legal

Os pesquisadores descobriram recentemente que criaturas em parcerias mutuamente dependentes raramente se exploram para sobreviver. Enquanto muitos cientistas argumentam que a exploração mútua é uma parte essencial da interdependência na natureza, o novo estudo sugere que os animais nas relações cooperativas evitarão causar danos ao parceiro.

O amor é fluido

Os cientistas estão descobrindo que a atividade bissexual é comum em muitas espécies, desde moscas da fruta a macacos japoneses. Em uma ilha no Havaí, 31 % dos pares entre albatrozes monogâmicos de Laysan são parcerias femininas-mulheres. Embora esses casamentos aviários do mesmo sexo estejam em grande parte em resposta a um excedente nas mulheres na ilha e não necessariamente preferência sexual, a abertura da comunidade ainda permanece como um exemplo de tolerância.

Papéis de gênero, papéis de shmender

Os cavalos -marinhos misturam estereótipos de gênero há milhões de anos. Em casais monogâmicos de cavalos -marinhos, a fêmea coloca seus ovos em uma bolsa no abdominal do macho, onde os ovos se desenvolvem até a maturidade. Não está claro se os cavalos -marinhos do sexo masculino recebem ou não licença de paternidade paga, mas, independentemente disso, talvez devêssemos pegar uma página do livro deles quando se trata de dividir as demandas dos cuidados infantis.

Tamanho não é tudo

Um estudo recente que examinou nove espécies de macacos uivos revelou que, em média, os macacos masculinos evoluíram para ter chamadas profundas ou grandes testículos – mas não ambos. Em certas espécies de uivadores, os machos usam chamadas de acasalamento profundas para competir pelo acesso a parceiras, portanto, o tamanho do testículo é menos importante que um uivo de barítono. Outras espécies têm testículos maiores e vocais mais altos, porque as fêmeas copulam com vários parceiros, fazendo alta produção de espermatozóides (que está correlacionada com o tamanho do testículo) um ativo.

Santiago Ferreira é o diretor do portal Naturlink e um ardente defensor do ambiente e da conservação da natureza. Com formação académica na área das Ciências Ambientais, Santiago tem dedicado a maior parte da sua carreira profissional à pesquisa e educação ambiental. O seu profundo conhecimento e paixão pelo ambiente levaram-no a assumir a liderança do Naturlink, onde tem sido fundamental na direção da equipa de especialistas, na seleção do conteúdo apresentado e na construção de pontes entre a comunidade online e o mundo natural.

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