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A raça pode explicar o temperamento do seu gato, segundo estudo

Stella

Mesmo no mesmo lar, cada gato parece ter um temperamento único: há os brincalhões incansáveis, os medrosos que fogem ao menor barulho e os carentes que não desgrudam de você. Embora o ambiente e os cuidados do tutor influenciem muito, uma grande pesquisa sugere que a raça também desempenha um papel decisivo na formação desses comportamentos.

O que a ciência revela sobre a personalidade dos gatos

Pesquisadores da Universidade de Helsinque analisaram o comportamento de mais de 4 300 felinos por meio de um questionário online detalhado, validado para assegurar respostas consistentes ao longo do tempo. Eles identificaram sete grandes dimensões de comportamento:

  • Atividade e jogo
  • Medo
  • Agressividade com humanos
  • Sociabilidade com pessoas e com outros gatos
  • Excessivo autocuidado (toileting)
  • Problemas com a caixa de areia

Imagine o Max, um Siamês da sua vizinha, que acorda todo dia disposta a brincar e até “exige” hora marcada para a refeição. Ele obedece bem o perfil de gatos sociáveis e ativos descrito no estudo, mostrando como características individuais podem se repetir em toda uma linhagem.

Traços de comportamento que variam de acordo com a raça

Os dados finlandeses também revelaram padrões claros entre as raças. O Bengal, por exemplo, lidera o ranking de hiperatividade e curiosidade: quem tem um sabe bem como ele adora escalar cortinas e desbravar cada cantinho da casa. Já as raças de pelagem longa, como o Persa e o Exotic Shorthair, costumam ser mais passivas, preferindo um conforto tranquilo no sofá.

O Blue Russian destacou-se pelo alto nível de receio a barulhos e mudanças, enquanto o Abyssiniano exibia uma autoconfiança natural. Por outro lado, o Turc de Van mostrou certa tendência à agressividade com estranhos, ao passo que Siameses e Balineses se sobressaíram pela sociabilidade intensa — mas também pelo hábito de se lamberem compulsivamente em momentos de estresse.

Uma influência genética que merece mais estudos

Embora a genética exerça grande peso, fatores como idade, sexo, castração e convívio com outros gatos também moldam a personalidade felina. Gatos que vivem em grupos, por exemplo, tendem a desenvolver maior sociabilidade. Já o excesso de limpeza pode indicar um traço inato ou uma resposta a um ambiente pouco estimulante.

Para melhorar o bem-estar do seu companheiro, vale adaptar a casa ao perfil dele:

  • Ofereça esconderijos e prateleiras altas para os mais medrosos
  • Invista em brinquedos interativos para os felinos hiperativos
  • Respeite o espaço dos gatos mais reservados, evitando barulhos e contatos bruscos

Entender como a raça influencia o comportamento ajuda tutores e veterinários a criar ambientes mais felizes, onde cada gato possa expressar sua natureza única em harmonia com a família humana.

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