Invasoras Lenhosas: Gestão vs. Erradicação

Alexandra Fonseca Marques, GEGREN (Inst. Sup. de Agronomia)
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Apesar do carácter urgente da resolução do “problema das invasoras lenhosas”, a sua definição e gestão continuam a ser controversas. Em Portugal continua a verificar-se um crescimento preocupante da área ocupada por estas espécies.

As invasões biológicas são uma das grandes ameaças aos objectivos de conservação da biodiversidade. A tomada de consciência dos impactos das espécies exóticas nos ecossistemas naturais e semi-naturais motivou o debate em volta das suas definições e dos métodos de controlo e gestão das suas densidades.

Na bibliografia sobre invasões biológicas surgem conceitos como infestante, invasora, adventícia, cuja definição é por vezes ambígua e subjectiva. De um modo geral, estes termos referem-se a plantas indesejáveis e prejudiciais, pois crescem de um modo agressivo, dispersando-se facilmente e desalojando outras plantas do ecossistema.

 

As várias definições inserem-se no contexto dos prejuízos associados à presença das espécies exóticas ou têm em conta o próprio processo de invasão. Deste modo, a natureza dos prejuízos condiciona duas perspectivas diferentes: a perspectiva herbológica (ou antrópica), que evidencia os impactos destas sobre as actividades humanas, onde se inclui o termo infestante; e a perspectiva ecológica (ou conservacionista), estabelecida em função da preservação das comunidades e habitantes, onde se integra o termo adventícia.

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