Longevas enquanto indivíduos e enquanto grupo biológico, as tartarugas marinhas mantiveram a sua morfologia praticamente sem mudanças significativas durante cerca de 150 milhões de anos, sendo animais verdadeiramente fascinantes.
As tartarugas marinhas são répteis que surgiram há 150 milhões de anos, resistindo às drásticas mudanças da Terra que levaram a extinções em massa de inúmeras espécies, entre as quais os dinossauros. Mantiveram praticamente a sua morfologia sem mudanças significativas até o tempo actual.
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
As tartarugas marinhas distinguem-se dos cágados ou tartarugas de água doce por uma série de características anatómicas, tais como a impossibilidade de recolher a cabeça dentro da carapaça, formas hidrodinâmicas e transformação das quatro extremidades em barbatanas aptas para a natação.
Apesar de cada espécie de tartaruga marinha ser distinta na sua aparência e comportamento, todas as tartarugas marinhas possuem características em comum.
A “concha” é constituída pela carapaça (parte superior) e pelo plastrão (parte inferior), unidas através de cartilagem de modo a proteger os órgãos internos. Na maior parte das espécies, existem escamas que cobrem a carapaça, sendo o seu número e disposição específicas de cada espécie.
As barbatanas dianteiras, principais órgãos para a propulsão, são bastante mais largas que as posteriores e são utilizadas simultaneamente, não de forma alternada. As barbatanas posteriores servem-lhes de remos.
Como todas as tartarugas, estas não possuem orelhas e os seus tímpanos estão cobertos por pele. Elas ouvem melhor em baixas frequências e o seu olfacto é excelente.
O seu comprimento pode variar de 53 cm até 1,9 m, não havendo diferenças de tamanho entre machos e fêmeas.