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Construir uma Estação Meteorológica

Susana Ribeiro

Com materiais de desperdício, podem-se fazer instrumentos para saber a temperatura, a pressão atmosférica, direcção e velocidade do vento. É divertido e podem-se guardar os dados recolhidos e avaliar as variações ao longo do ano.

 

 

 

Termómetro de palha 
 
Precisas de:

- um frasco pequeno
- uma rolha que sirva no frasco
- corante alimentar
- caneta de feltro
- palhinha de vidro
- água
- prego

O que deves fazer:

Faz uma buraco na rolha com o prego e colocar a palhinha através desse buraco de forma a ficar justo. Enche três quartos do frasco com água, adiciona-lhe uma ou duas gotas de corante e tapa-o com a rolha. Com uma caneta de feltro marca uma linha no frasco, à altura da água. Marca a altura da água no tubo à temperatura ambiente, e também em diferentes locais e horários – numa janela com sol, no frigorífico, numa panela de água quente.

O que acontece:

A água sobe no tubo quando a temperatura aumenta e desce quando está frio.

Porquê:

Neste caso, a temperatura é medida através das alterações verificadas ao nível da água. A temperatura é realmente medida para se verificar se um objecto absorve ou perde calor para outro objecto. Os líquidos expandem-se quando aquecidos e contraem-se quando são arrefecidos. O líquido do termómetro absorve calor e expande-se quando contacta com algum objecto mais quente do que ele e contrai-se quando entre em contacto com alguma coisa mais fria. O mercúrio e o álcool colorido são normalmente usados como líquidos dos termómetros porque eles reagem mais depressa às diferenças de temperatura.

O primeiro termómetro foi inventado em 1593 pelo físico italiano Galileu. Gabriel Fahrenheit, um cientista alemão, fez a primeira escala de uso comum em 1714. Cerca de trinta anos mais tarde um astrónomo sueco Anders Celsius, estabeleceu a escala Centígrado, também conhecida como escala de Celsius.


Barómetro - garrafa

O ar que rodeia a Terra exerce pressão, que é denominada de pressão atmosférica. Evangelista Torriceli, físico italiano, foi o primeiro a descobrir uma forma de medir esta pressão atmosférica, há mais de 300 anos. 
 
Precisas de:

- uma tigela
- uma garrafa de plástico
- água
- um cartão graduado

O que deves fazer:

Enche até meio a tigela com água. Deita água na garrafa até estar a ¾ da sua capacidade. Mantendo o polegar no bocal da garrafa, vira a garrafa ao contrário. Em seguida retira o teu dedo e põe rapidamente o bocal da garrafa na tigela de água. Cola o cartão graduado no exterior da garrafa, como vês na figura.

O que acontece:

A água não corre para fora da garrafa. Em vez disso, o nível da água desce ligeiramente e vai para o estado de repouso. Depois ele move-se para cima ou para baixo de acordo com as variações da pressão do ar.

 

Porquê:

O ar exterior pressionando a água da tigela evita que a água corra para fora da garrafa. A água pára o seu movimento de descida quando a sua pressão é equilibrada pela pressão atmosférica.

Marca o cartão graduado no ponto onde a estabiliza, e serás capaz de registar em gráfico se a água vai para cima ou para baixo na garrafa. Um aumento na pressão do ar faz com que a água suba, quando a pressão desce, a água desce também.

O Catavento

Se soubermos a direcção em que o vento está a soprar, podemos localizar um sistema de baixas pressões e prever um período de mau tempo, que normalmente lhe está associado. Um catavento mostra-nos a direcção do vento. 
 
Precisas de:

- palhinha de beber
- vaso para flores
- bússola
- alfinete
- arame fino ou clipes
- lápis com borracha
- marcador vermelho
- cartão ou papelão claro
- cola

O que deves fazer:

Faz um golpe vertical com 2,5 cm numa das extremidades da palhinha. Usando uma folha de papel grosso, corta a cauda de uma seta e coloca-a na extremidade cortada da palhinha, como mostra a figura. Marca o outro extremo da palhinha com a caneta de feltro. Insere o alfinete a direito, através da palhinha, a aproximadamente 5 cm da cauda da seta. Empurra o alfinete contra a borracha da extremidade do lápis. Assegura-te que a palhinha se pode mover livremente.

 

Forma as letras N, S, E e O a partir de um pedaço de arame ou de clipes. Prende-os em volta do lápis 2,5 cm abaixo da seta. Apoia o lápis verticalmente numa massa de barro, e coloca o conjunto num vaso pouco profundo para plantas. Coloca o catavento num local onde o vento não seja perturbado pelos edifícios. Usa a bússola para te assegurares que as letras N, S, E e O estão colocadas correctamente.

O que acontece:

Quando o vento sopra, o catavento move-se.

Porquê:

Quando o vento sopra, empurra a maior superfície (seta). Como resultado, o outro extremo aponta para o vento, na direcção da qual o vento está a soprar.
No Hemisfério Norte, um vento que se desloque na direcção contrária à dos ponteiros do relógio está normalmente associado a um sistema de baixas pressões a ao mau tempo. Ventos de Este geralmente trazem chuva, ventos do Oeste tempo limpo. Ventos do Norte significam frio e Ventos do Sul tempo quente. No Hemisfério Sul é exactamente o contrário para todas as direcções.


Anemómetro - taça

Como se pode medir a velocidade do tempo? Uma das formas é com o anemómetro. Este instrumento tem três ou quatro pequenos hemisférios ocos de metal, que rodopiam em volta de um eixo de metal, apanhando o vento. 
 
Precisas de:

- 2 pedaços de papelão muito grosso
- 4 formas pequenas de metal
- agulha grande
- barro ou fita cola
- tinta
- carro de linhas
- agrafos
- lápis com borracha
- bloco de madeira ou tijolo
- tesoura

O que deves fazer:

Corta duas tiras de papelão, aproximadamente com 5 cm por 45 cm. Faz um corte no meio de cada uma delas de forma a que elas se encaixem uma na outra e façam uma cruz. Agrafa uma forma de metal a cada um dos extremos da cruz. Se não tiveres nenhuma forma velha, podes fazê-la cortando discos de uma folha de alumínio mais grosso, ou cortando taças de papel. Pinta uma das formas com uma cor clara. Faz um buraco no centro da cruz com um prego fino e afiado ou uma agulha grande. Para fazer a base, espeta o extremo da agulha com olho, na borracha do lápis. Mete a ponta do lápis no buraco de um carro-de-linhas. Cola ou liga o carro-de-linhas ao bloco de madeira ou tijolo. Liga a cruz à base colocando-a na ponta da agulha. Sopra nas taças. Se a cruz não rodar facilmente, alarga o buraco no centro de cruz.

 

Coloca a base no exterior, numa caixa cerca de 8 cm acima do chão. Regista o número de vezes que a forma pintada passa na tua frente.

O que acontece:

O anemómetro por vezes rodopia muito rapidamente. Noutras praticamente não se mexe.

Porquê:

A curva interior das taças recebe a maior parte da força do vento. Isto é o que faz as taças moverem-se. Quanto mais voltas por minuto, maior é a velocidade do vento. Um rápido aumento na velocidade pode querer dizer aproximação de chuva, neve ou trovoada.

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