Naturlink

Percurso pelas Arribas do Douro

PNDI

Venha connosco visitar a majestade agreste do Parque Natural do Douro Internacional. Propomos-lhe um percurso fascinante entre Barca de Alva e São João das Arribas, terra de fragas, abutres e águias.

INTRODUÇÃO

Desde o seu nascimento nas altas montanhas de Soria até à sua foz na cidade do Porto, o Douro, um dos maiores rios da Península Ibérica, perfaz um percurso de assinalável variedade paisagística. A jusante da passagem da cidade de Zamora o seu vale assume um encaixe impressionante, estendendo as suas encostas de granito, xisto e quartzito por mais de 120 km, até à confluência com o Águeda nas proximidades de Barca de Alva. Neste troço internacional, no vale encaixado que é localmente designado por Arribas do Douro, o rio separa geograficamente Espanha de Portugal. Ao percorrer esta região, mais concretamente o Parque Natural do Douro Internacional, o visitante pode contemplar a ampla paisagem, com o seu mosaico agrícola e as fragas, maciços rochosos escarpados distribuidos ao longo dos vales e que são o habitat de diversas aves ameaçadas.

TIPO DE PERCURSO

Extensão: 140 Km
Duração: 8 horas (sem percursos alternativos)
Melhor época para visitar: Primavera e Verão

PONTOS DE INTERESSE:

Paisagens de vales escarpados, formações rochosas declivosas, o plano de água do Rio Douro, a paisagem rural (olivais, amendoais e vinhas em socalco nos vales quentes do Sul do PNDI e típico mosaico de lameiros, terrenos cerealíferos e bosquetes nas áreas planálticas), os zimbrais e a avifauna (distribuidos por todo o PNDI), elementos da arquitectura tradicional (núcleos urbanos antigos, pombais, picotas, fontanários, moinhos), etnografia e artesanatoe (produção de seda em Freixo de Espada à Cinta, cutelaria, tecelagem em lã no planalto mirandês).
 
 
INDICAÇÕES

Você encontrar-se-á em pleno santuário natural das arribas do Douro, este património chegou até nós devido ao respeito com que as gerações passadas trataram este espaço. Respeite a tranquilidade deste local cumprindo as seguintes indicações:

- Proibido fazer ruído
- Não deixar lixo
- Não arrancar plantas ou incomodar animais
- Proibido acampar
- Não fazer lume
- Não conduzir o carro fora das estradas ou caminhos

 

RECOMENDAÇÕES AOS VISITANTES

As arribas do Douro possuem um relevo acidentado, com enormes precipícios escarpados e um clima agreste, por isso ao percorrer esta área tenha em atenção as seguintes recomendações:

- Não realize percursos pedestres sozinho
- Use roupa e calçado confortáveis
- Nos períodos mais frios e chuvosos, use roupa quente e impermeável
- Leve sempre água e alimentos para percursos mais longos
- Leve binóculos
- No Verão evite os períodos mais quentes do dia, use chapéu e protector solar. Não se aproxime dos afloramentos rochosos
 
 
PONTOS DE ATENDIMENTO DO PNDI:

Delegação de Mogadouro. Rua de Santa Marinha, 4. 5200 Mogadouro. telefone 279-340030. fax - 279 341596. E-mail - [email protected]

Delegação de Miranda do Douro. Escola EB2 -Rua José Inácio Pinto. 5210 Miranda do Douro

Delegação de Freixo de Espada à Cinta. 5180 Freixo de Espada à Cinta

Delegação de Figueira da Castelo Rodrigo. Rua Artur Costa, s/n. 6440 Figueira de Castelo Rodrigo. Telefone/fax - 271 313382
 
Cartografia do Percurso

INÍCIO

1 - BARCA DE ALVA
O percurso inicia-se nas margens do Rio Douro, próximo da confluência do seu afluente Águeda, num local com uma ampla paisagem sobre o vale rodeado de olivais e amendoais. A Norte observa-se a linha de fragas entre Poiares e Ligares.

 

2 - Seguindo pela EN221, sentido Freixo de Espada à Cinta e após 2km, virar à esquerda por estrada municipal. 
 
6 - RIBEIRA DO MOSTEIRO
Trata-se de um percurso rodoviário estreito e sinuoso que acompanha o trajecto da Ribeira do Mosteiro. Observam-se enormes penhascos quartzíticos pendendo sobre a estrada e nas encostas sente-se a aridez das fragas e rochedos retorcidos. No fundo do vale, corre a água límpida da ribeira, por entre densas copas de amieiros e pomares de laranjeiras. Mais acima veêm-se diversos casebres agrícolas e "corriças" construídos em xisto bem talhado, que se confundem na cor ocre dos terrenos pedregosos.


Percurso pedestre

6.1 - Ribeira do Mosteiro e Calçada de Alpajares

 

 

A partir da Ribeira do Mosteiro, na confluência com Ribeira do Brita, o visitante pode seguir um percurso pedestre pela calçada medieval de Alpajares ou do Diabo. Formada por grandes lajes tranversais, este caminho pedonal sobe toda a encosta até chegar à ruínas do castro de São Paulito, próximo a um pombal. Daí pode seguir até Poiares ou retornar à estrada através de outra calçada situada a 500 m a NO.
 
7 - Seguindo essa estrada municipal até entroncar com uma estrada municipal, virando à direita e seguindo até Freixo de Espada à Cinta.

8 - FREIXO DE ESPADA À CINTA
Seguindo para Freixo de Espada-à-Cinta, atravessando o centro histórico desta vila manuelina onde surge a torre de menagem de um antigo castelo, até à ponte antiga. Daí para Norte por uma estrada vicinal muito estreita em direcção a Mazouco, ao longo da qual se pode observar a extensa albufeira duriense entre ladeiras montanhosas. Os pombais salpicam a paisagem e veêm-se as quintas do Douro, primeiro a do Ribeiro Escuro, depois a de São João, a do Juncal mais à frente a capela de Stª Ana, onde existe um berrão em pedra cujo dorso servia para as afiar facas. Na margem ergue-se o cabeço de Montegudin coberto de densos sobreirais.

9 - CAVALO DE MAZOUCO
Seguindo essa estrada para N, e antes de subir para Mazouco, virar à direita por caminho asfaltado até à gravura rupestre do Cavalo de Mazouco, património paleolítico classificado, escondido entre as fragas da foz da Ribeira de Albagueira.

10 - Daí até Mazouco, e seguindo para Norte pela EN221, passando por Fornos, Lagoaça e virando à direita em direcção a Bruçó até encontrar uma antiga estação ferroviária.

 

11 - ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BRUÇÓ
De Bruço para Vilarinho dos Galegos, por estrada municipal, atravessando Vila de Sinos, até cruzar com outra estrada municipal onde se deve virar à direita e depois seguir sempre em frente até Peredo de Bemposta. 
 
Percurso Pedestre

11.1 - Peredo de Bemposta.

 

Esta aldeia instalada no promontório granitico, é um excelente ponto de partida para um passeio pelo coração das arribas do Douro. O trajecto inicia-se no caminho do Encinal, em direcção ao Castelo, daí deve seguir-se por uma pequena vereda a meia encosta, passando por baixo de grandes fraguedos e logo acima do Rio, rodeado de escarpas e espessos matagais autóctones, onde abundam os passeriformes, poupas e perdizes, até ao local de Barrocal da Pala. Daí segue-se para Norte por caminho vicinal, ao longo da bordadura das encostas, e observa-se na encosta espanhola a Ermita de Nª Srª del Castillo, local de culto para os habitantes de Pereña. Continuando para N até encontrar 2 pombais no sítio de local de Miguel Calvo. Daí desce-se por caminho vicinal até ao Juncal, ou regressa-se à povoação de Peredo. No entanto a visita ao Juncal é quase obrigatória dada a beleza dessa zona ribeirinha nas margens do Douro.

Nota: trata-se de um percurso com alguma dificuldade que deve ser sempre realizado com a ajuda de guias. 
 
12 - ALGOSINHO
De Peredo de Bemposta deve regressar-se à estrada municipal até ao cruzamento de Algosinho, seguindo até esta pequena aldeia, onde se destaca a arquitectura tradicional e a igreja românica, que se encontra classificada.
 
 

 

13 - Seguindo de Algosinho para NO pela estrada municipal, passando a Ribeira de Bemposta, e virando à direita, antes da aldeia de Tó, seguindo até encontrar a aldeia de Lamoso, depois Bemposta até à EN 221. Para Norte por essa estrada, passando em Sendim e virando à direita para Picote.

 

 
 
15 - PENHA DO PUIO
Em Picote diriga-se para o núcleo urbano antigo, que constitui um conjunto de pequenas casas graniticas, onde se destaca o Largo do Toural. Daí seguindo até à Penha do Puio. Neste local o Rio Douro atravessa terrenos graníticos onde escavou, ao longo de milhões de anos, um vale encaixado e tortuoso, por entre fragas e precipícios, até chegar ao Remanso de Picote. É esta a paisagem que se contempla desse miradouro, sítio com vestígios rupestres pré-históricos, onde gerações e gerações se debruçaram para ver as maravilhosas arribas do Douro. No fundo do vale observa-se o rio, hoje em dia transformado numa extensa albufeira entre as barragens de Picote (a Norte) e Bemposta (a Sul), com um caudal constante ao longo do ano. Nos céus, não é raro detectar o voo planado de duas espécies de aves necrófagas, Abutre do Egipto e o Grifo, este último possui colónias de nidificação em escarpas próximas. A Cegonha-preta, a Águia de Bonelli, o Bufo-real e a Gralha-bico-vermelho são outras aves rupícolas que ocorrem naquele que é um dos troços mais selvagens e inacessíveis do Parque Natural do Douro Internacional.

16 - Seguindo para Norte por estrada municipal, atravessando Vila Chã da Braciosa até chegar a Freixiosa. 
 
17 - FREIXIOSA

 

 

 

Nesta aldeia destaca-se o casario antigo e um pitoresco conjunto de pombais tradicionais. 
 

18- CAPELA DE STª MARINHA
De Freixiosa seguindo por estrada municipal até Cércio, onde é possível fazer uma pausa no vale da Ribeira de Duas Igrejas, à sombra de algum castanheiro e à vista da arcaica capela de Santa Marinha, rodeada por castanheiros. Daí pela EN221 até Miranda do Douro.

 

19 - CENTRO HISTÓRICO DE MIRANDA DO DOURO
Nesta cidade com um riquíssimo património histórico e arquitectónico, destacam-se diversos edifícios monumentais, a vasta muralha, a Sé, o largo da Câmara, a Rua da Costanilha.
 
Percurso fluvial

19.1 - De Barco pelas arribas do Douro
A empresa Europarques hispano-lusos, organiza diariamente maravilhosos passeios fluviais pelo interior do canhão do Douro, num dos seus troços mais espectaculares onde a observação de fragas e aves se torna numa experiência inesquecível. O percurso é acompanhado por guias especializados que fornecem uma descrição pormenorizada da paisagem.
 
 
20 - SÃO JOÃO DAS ARRIBAS
De Miranda do Douro para Norte por um caminho vicinal paralelo ao Rio Douro, passando por Vale de Águia (aldeia típica), até chegar a Aldeia Nova, daí seguindo por caminho de terra batida até à capela de São João. Esta localiza-se no vértice mais oriental do território nacional, onde o Rio Douro inicia o seu percurso fronteiriço. A zona envolvente possui vestígios arqueológicos pré-históricos, sendo facilmente observáveis as ruínas de um povoado fortificado. Neste mítico local pratica-se um culto religioso ao S. João, em Abril, com procissão e missa campal que enchem este local de animação. Na paisagem agreste observam-se antigos olivais em socalco já cobertos por densos matagais e bosques de azinheira, designada na região por carrasco. No plano de água formado pela barragem de Miranda do Douro, mais a juzante, esvoaçam patos reais, corvos-marinhos-de-faces-brancas e a Garça- real, enquanto que acima do horizonte é comum detectar o vôo tranquilo da Águia-real, do Grifo, do Abutre do Egipto e da Gralha-de -bico-vermelho.

Comentários