Da disponibilidade e indisponibilidade para sentir os prazeres subtis que se desprendem do mundo natural

Maria Júdice Borralho
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E a passo, o break foi penetrando sob as árvores do Ramalhão ...naquele simples bocado de estrada, todo salpicado de manchas de sol, sentia-se já sem se ver, a religiosa solenidade dos espessos arvoredos, a frescura distante das nascentes vivas, a tristeza que cai das penedias.

E, como o Homem gosta de mergulhar noutros mundos, de respirar outros ambientes, de refrescar pensamentos, pode acontecer que um transeunte ao ser surpreendido pelo sinal dos binóculos pretos, se sinta amistosamente convidado. Esquivando-se deixa os caminhos buliçosos da vida quotidiana, e vai sentir a respiração da Natureza em Santa Eufémia. Mal entre na floresta encontrará árvores que rivalizam entre si em beleza, e verá com espanto, a imponência das penedias arredondadas pela erosão. A vizinhança do Castelo dos Mouros com as ameias afeiçoadas ao ondulado da montanha e o Palácio da Pena ali mesmo à mão, dão um toque mágico ao conjunto. Aves podem cantar pelas moitas ou sobrevoar o lugar. Talvez um céu azul marinho favoreça todas as coisas que a Natureza ali esculpiu.

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