Os animais e a pintura romântica de Tomás da Anunciação

José Marmeleira - ArtLink
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Os seus derradeiros quadros são realizados numa pequena casa nos arrabaldes de Caneças. Quando era impedido de sair, devido ao meu tempo, dedicava-se às litografias ou a trabalhos em barro. Visitado por coleccionadores, estudantes e colegas, e apesar de debilitado, não esquece o apelo da natureza com o qual acredita ter resgatado a modernidade para a arte portuguesa, sem saber que esta já adquirira novo rosto para lá das fronteiras da Academia e de Portugal.


O Vitelo
1873, © MNAC

Falece em 1879 após uma congestão pulmonar. A caminho de Lisboa, vindo de Paris, para ocupar o seu lugar no ensino da pintura, vem o jovem pintor Silva Porto. É ele que ao introduzir o naturalismo na cena artística portuguesa colocará um fim nas aspirações da pintura romântica que Anunciação havia defendido ao longo da sua carreira. O ar-livrismo tornar-se-ia uma prática completa e os animais não seriam mais do que elementos de vida quotidiana do homem. Na história da arte portuguesa ficava, porém, um registo e um traço nos quais a natureza representada pelos animais era atravessada por uma dimensão humana.

 

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