Natureza e Poesia

Miguel Monteiro
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Questiono-me acerca das árvores / Porque pretendemos nós preservar para sempre o seu som?


Two roads diverged on a yellow wood,
I took the one less travelled by,
And that made all the difference.

Numa estrada amarela, duas estradas divergem / Segui a menos viajada / E isso fez toda a diferença.


Em Portugal, desde o início da nossa história que a poesia anda, aqui e ali, de braço dado com a Natureza. Na Idade Média as Cantigas de Amigo e as de Amor estão impregnadas de cenários naturais. Os cantos estridentes das aves ilustram amores correspondidos, os mais melancólicos os que não o são.

Levad’, amigo, que dormides as manhanas frias;
Todalas aves do mundo d’amor diziam:
Leda m’ and’eu.

Nuno Fernandes Torneo

 

Ai, flores, ai flores do verde pino,
Se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?

D. Dinis

Louvai, arvoredos, de fruto prezado, digam os penedos:
Deus seja louvado!
E louve meu gado, nestas verduras, o Deus das alturas.

Gil Vicente

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