Natureza e Poesia

Miguel Monteiro
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Desde os primórdios da Humanidade que a Natureza tem sido uma inesgotável fonte de inspiração para os artistas. Ela assume uma posição de destaque em todas as formas de expressão artística e a Poesia não é excepção.

Henry David Thoreau (1817-1862) escreveu um dia:

 

I went to the woods because I wished to live deliberately, to front only the essential facts of life, and see if I could not learn what it had to teach, and not, when I came to die, discover that I had not lived.


E de facto foi. Fascinado com a Natureza, isolou-se nela e dela viveu durante cerca de dois anos.

Muitos outros escritores foram seduzidos pela Natureza, uns mais profundamente que outros, revelando as suas obras aspectos da beleza e magia natural, utilizando desde paisagens monumentais, aos mais ínfimos pormenores, os animais, as plantas, infinidades de cores e cheiros. Todos estes componentes da Natureza são usados como objecto da escrita, como ajuda na transmissão de mensagens, como fonte inspiradora.

Though leaves are many, the root is one;
Through all the lying days of my youth
I swayed my leaves and flowers in the sun;
Now I may wither into the truth.

William Butler Yeats 

Na poesia, dois escritores, ambos americanos, destacam-se pela qualidade da sua obra e pela relação desta com os fenómenos e elementos naturais: Walt Whitman e Robert Frost. Em primeiro lugar, Walt Whitman. Em primeiro por ser considerado o poeta da Natureza, por esta ser uma presença constante em quase toda a sua obra e pela sua importância na poesia. Robert Frost mantém com a Natureza uma relação de respeito, claramente menos apaixonada que a de Whitman.

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