Salamandra-de-costelas-salientes, quando a projecção das costelas é uma defesa

Maria João Cruz e Rui Braz
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A Salamandra-de-costelas-salientes apresenta uma distribuição restrita, ocorrendo apenas na Península Ibérica e Norte de África. Possui um interessante mecanismo de defesa, que activa quando é ameaçada - projecta as suas costelas.

 

 

 

 

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

A salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodeles waltl) é o maior urodelo (anfíbio com cauda) da Península Ibérica, podendo atingir 30 cm de comprimento. Vista de cima a cabeça é larga e arredondada. Os olhos são pequenos, mas proeminentes, situando-se dorsalmente. O tronco é achatado dorso-ventralmente. Possui 8 a 10 protuberâncias dorsais características de cada lado, pelas quais os extremos das costelas se projectam para o exterior. Possui 4 dedos nos membros anteriores e 5 nos posteriores. A coloração é acastanhada, por vezes com tons amarelados, avermelhados ou esverdeados, e geralmente com manchas escuras. No dorso sobressaem as proeminências alaranjadas ou amareladas das costelas. A coloração ventral é acinzentada ou acastanhada, com ou sem manchas mais escuras.

Os machos possuem uma cauda relativamente mais comprida e com crista caudal mais alta e conspícua. Os seus membros posteriores são também mais compridos e robustos. Na época da reprodução desenvolvem calosidades nupciais escuras nas mãos e na face interna dos braços. Apresentam ainda a região cloacal mais volumosa.

As larvas possuem cabeça larga e achatada, as brânquias externas são plumosas e com filamentos axiais conspícuos. A crista dorsal começa no extremo posterior da cabeça, onde é mais alta, e acaba em ponta. Os dedos são muito alongados.


DISTRIBUIÇÃO

A distribuição deste anfíbio limita-se à Península Ibérica e ao Norte de África. Em Portugal encontra-se de Norte a Sul, com excepção de uma estreita faixa no Minho.


ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

Esta espécie encontra-se no Anexo III da Convenção de Berna. Em Portugal é considerada não ameaçada (NT).

 


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