Sapo com dentes é um das 163 espécies recém-descobertas no Sudeste Asiático

Filipa Alves (01-10-09)
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Depois de milénios ocultas as espécies de plantas e animais que agora se revelaram e outras que permanecem por ser descobertas são ameaçadas pelas Alterações Climáticas para além da caça-furtiva, poluição e destruição de habitat.

A organização conservacionista WWF anunciou recentemente a descoberta em 2008, de 163 novas espécies no Mekong, no Sudeste Asiático, entre as quais 100 plantas, 28 peixes, 18 répteis, 14 anfíbios, 2 mamíferos e 2 aves. Sendo uma área pouco explorada, os cientistas que crêem que há mais por descobrir.

A onda de revelações é atribuída por um lado à melhoria do acesso às regiões que durante anos foram afectadas por guerras e instabilidade política e, por outro, ao aumento do investimento dos governos em investigação para identificar e proteger as novas espécies de animais e plantas.

Entre as espécies mais invulgares estão um sapo com presas que se crê serem usadas pelos machos durante os conflitos, descoberto na Tailândia, uma osga com manchas semelhantes às de um leopardo e com olhos de gato que habita o Norte do Vietname, um morcego de focinho tubular que habita o Sudeste deste mesmo país e uma espécie de ave que prefere caminhar a voar, que ocorre na floresta das chuvas na fronteira entre o Vietname e a China. Para além das espécies novas também foram também identificados novos territórios de espécies de distribuição restrita.

Apesar de apenas agora terem vindo à luz os investigadores alertam que algumas espécies têm os “dias contados” devido às Alterações Climáticas. Com efeito, as secas bem como as cheias ameaçam o biodiverso habitat em que ocorrem, agravando as consequências de outros factores que colocam em perigo a sobrevivência destas espécies, como sejam a caça-furtiva, a poluição e a destruição de habitat.

Segundo Stuart Chapman, director do Programa Grande Mekong da WWF, “Algumas espécies conseguirão adaptar-se às Alterações Climáticas mas muitas não o farão, resultando potencialmente em grandes extinções” e o investigador explica “As espécies, raras, em perigo de extinção e endémicas [i.e., que só ocorrem nesta área] são especialmente vulneráveis porque as Alterações Climáticas vão fazer encolher mais mais os seus habitats já restritos”.  

Fonte: Mother Nature Network


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