O Porquê dos Nomes Científicos

Rui Braz e Maria João Cruz
Imprimir
Texto A A A

A categorização e classificação da biodiversidade são ferramentas fundamentais para a investigação dos seres vivos. Após diversas tentativas, no séc. XVIII, Carl Linée criou um sistema de classificação eficaz, que ainda hoje é utilizado.

Actualmente conhecem-se mais de 1,5 milhões de espécies e pensa-se que poderão existir cerca de 8 milhões ainda por descrever. Face a esta enorme diversidade, seria impossível a um biólogo referir-se a uma espécie ou a um taxon mais elevado se cada um deles não tivesse um nome próprio.

No entanto, a atribuição de nomes comuns ou vernáculos não resolve o problema, pelo contrário, a comunicação científica seria mais difícil, uma vez que os especialistas teriam que aprender os nomes em inúmeras línguas para que pudessem trocar informações acerca de uma mesma espécie. Existem ainda outras dificuldades, tais como o facto de só existirem nomes comuns para os organismos mais conhecidos, o mesmo organismo poder ter vários nomes ou um mesmo nome poder ser usado para designar espécies muito diferentes.

Os biólogos adoptaram uma língua através de um acordo internacional, permitindo assim que cada animal tivesse um único nome que pudesse ser usado em todo o mundo. A atribuição de nomes científicos às espécies deve respeitar um código que desempenha a mesma função que a gramática de uma língua. Qualquer taxonomista que queira atribuir um novo nome deve seguir as regras do Código Internacional da Nomenclatura Biológica. Devido às particularidades de alguns organismos, existem regras distintas para animais, plantas e bactérias.


Comentários

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Newsletter