A história dos resíduos

Isabel Palma
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Os scavengers transportavam os resíduos inorgânicos para a periferia das áreas urbanas onde eram deixados em pilhas (estrumeiras) ou queimados. Em troca, detinham o direito de venda de artigos que encontrassem no lixo.  

Ao longo dos tempos, as habitações eram demolidas e as paredes passavam a ser as fundações dos novos edifícios. Como resultado, as cidades antigas do Médio Oriente elevaram-se relativamente aos terrenos envolventes. 

Os Maias também depositavam os resíduos orgânicos em lixeiras a céu aberto. De acordo com os arqueológos, os locais de deposição de resíduos deveriam sofrer explosões ocasionais pela formação e acumulação de gás metano. A queima de parte dos resíduos libertaria o espaço para a deposição de mais resíduos no mesmo local.

As cerâmicas partidas e outros objetos inutilizados eram utilizados em novos projetos de construção. Desta forma, esta civilização já demonstrava uma preocupação com a reutilização de matérias-primas. Também eram adeptos da redução da produção de resíduos. 

Após o ano 1200, reduziram a utilização de cerâmicas ricas e ornamentos corporais especialmente nos rituais fúnebres. Deixaram de cremar os mortos com cerâmica intacta, ferramentas e joias e em substituição utilizavam objetos que já estavam danificados. Esta alteração de práticas levou a grandes poupanças de recursos escassos ou dispendiosos. 

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