A Intervenção Humana na Preservação das Espécies

Bruno Pinto
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As técnicas de reprodução em cativeiro e de reintrodução têm melhorado bastante nas duas últimas décadas, possibilitando assim a reprodução de espécies que se julgava impossível há uns anos atrás. A reprodução em cativeiro de animais selvagens é uma medida de último recurso e tem de ser acompanhada de acções que eliminem ou reduzam os factores de ameaça à espécie, de modo que seja possível repô-la na Natureza. Por exemplo, o sucesso da recuperação do toirão-das-patas-negras apenas foi possível graças ao eficiente programa de reprodução em cativeiro, mas também devido a acções de recuperação e protecção do seu habitat. Sem estas acções, não teria sido possível reintroduzir os animais no seu meio natural.

A gestão de habitats e espécies também se justifica quando espécies exóticas se tornam invasoras. Estas têm a capacidade de eliminar espécies nativas, sendo por isso necessário o seu controlo. Como é difícil a sua erradicação completa, pode ser necessária uma gestão permanente destas espécies. Por exemplo, o chorão é uma planta exótica invasora que se tem expandido na Reserva Natural das Berlengas, pondo em perigo espécies de plantas que apenas se encontram naquela ilha. Assim, tem-se cortado regularmente o chorão, de modo a controlar o seu crescimento por forma a permitir que essas espécies subsistam. Espécies exóticas invasoras podem também causar grandes prejuízos económicos. Por exemplo, o coelho- bravo é uma espécie exótica invasora na Austrália, tendo provocado a extinção de espécies animais e vegetais nativas mas também graves danos na agricultura calculados em milhares de dólares por ano.

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