Afinal por que razão fazemos nós a Árvore de Natal?

Carlos Rio Carvalho
Imprimir
Texto A A A

A tradição da Árvore de Natal tem origens que remontam à antiguidade. Ainda que a forma como hoje a conhecemos só recentemente se tenha tornado um hábito, há ecos de tradições semelhantes entre os romanos, egípcios ou celtas.

A árvore de Natal é uma tradição cristã. No entanto algumas raízes mais profundas desta tradição parecem estar ligadas ao solistício de Inverno em 22 de Dezembro, à promessa do fim do Inverno e das boas colheitas do ano seguinte.

Há ecos de tradições semelhantes entre os romanos, que enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da Agricultura, mais ou menos na mesma altura do ano em que hoje preparamos a nossa árvore de Natal. Entre os Egípcios usou-se decorar as habitações com plantas, nas culturas célticas os druídas enfeitavam os ramos nús dos carvalhos nesta mesma época.

No Século VII, S. Bonifácio pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e conta a tradição que usava o perfil triangular dos abetos como símbolo da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Em resultado desta pregação o carvalho, considerado pelos gentios como um símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto. Já no século XII na Europa Central penduravam-se árvores com o ápice para baixo com a mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.

No centro da Europa a árvore de Natal vulgarizou-se a partir do Século XVI com o sentido que ainda hoje lhe damos, havendo notícia de árvores de Natal em 1510 na Lituânia.

Conta-se que terá sido Lutero que após um passeio na floresta com as estrelas brilhantes sobre um céu limpo de Inverno trouxe à sua família essa imagem sob a forma de uma árvore com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas. Estava o costume enraizado. A partir daí as Árvores tal como as conhecemos passaram a marcar o Natal. Eram originalmente muito ligadas ao mito de Adão e Eva e à simbologia da Árvore do Paraíso, sendo decoradas com doces e flores de papel, flores vermelhas representando o conhecimento e brancas representando a inocência.

Comentários

Newsletter