Cultura de Pérolas

Ana Pestana Bastos
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Pérolas, em cores fascinantes, do branco-prata ao amarelo, azul e preto iridescente, sempre enfeitaram e enfeitiçaram as mulheres. A cultura em água doce ou salgada produz anualmente grandes quantidades de pérolas, para deleite de muitos.

As pérolas são dos materiais de gema que mais cedo foram utilizados para adorno pessoal. Os escritos mais antigos que mencionam pérolas datam de cerca de 2000 anos a.C..

A exagerada procura de pérolas e a poluição levou ao quase esgotamento deste recurso por todo o mundo. Embora actualmente o mercado das pérolas esteja baseado quase exclusivamente em pérolas de cultura, “(…) nalguns países ainda há procura de pérolas naturais, como por exemplo em Bahrein, Dubai, Tailândia, Myanmar (antiga Birmânia) e Sri-Lanka.” (Rui Galopim de Carvalho, com. pess.)

A actual palavra pérola vem do latim pirla, diminutivo de pira, em alusão à forma alongada das pérolas dos pendentes. Para os Romanos a pérola era um símbolo do amor e chamavam-lhe margarita
 
As pérolas são produzidas por organismos (moluscos), que vivem tanto em águas salgadas como em águas doces. Os moluscos produtores de pérolas mais importantes são as ostras em águas salgadas e os mexilhões em águas doces. Estes organismos pertencem a um subgrupo de moluscos constituídos por uma concha formada por duas partes, sendo por isso denominados de bivalves.

As pérolas, ao contrário da maioria dos minerais, não necessitam de lapidação ou polimento para revelarem a sua beleza e poderem ser utilizadas em joalharia.


CONSTITUIÇÃO


Segundo alguns autores, o processo natural de formação da pérola tem início quando uma substância estranha – um grão de areia, por exemplo – se deposita no interior do bivalve, causando-lhe uma irritação, que desencadeia uma reacção para tentar isolar o "invasor", que inclui a produção de uma secreção que recobre o corpo estranho. Esta secreção é constituída por nácar, composto quase exclusivamente por carbonato de cálcio (sob a forma de cristais de aragonite) e por uma substância proteica denominada conchina. Os cristais de aragonite dispõem-se em camadas finas e concêntricas sobrepostas com a conchina e é esta estrutura que produz o brilho especial das pérolas dito de nacarado. No entanto, alguns investigadores sugerem outras causas para a formação das pérolas, nomeadamente alterações fisiológicas que conduzem à produção do nácar.

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