Mercado do Carbono

Isabel Abreu
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Com a entrada em vigor do Protocolo de Quioto, assiste-se a um crescimento do mercado do carbono, que aqui se analisa, descrevendo-se a participação de Portugal no recém-criado mercado europeu de licenças de emissão de gases com efeito de estufa.

O mercado mundial do carbono desenvolveu-se bastante desde a entrada em funcionamento do mercado europeu de emissões a 1 de Janeiro de 2005. Por outro lado, a entrada em vigor do Protocolo de Quioto em Fevereiro de 2005 também acelerou os movimentos neste mercado, nomeadamente o investimento nos mecanismos de flexibilidade – Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de Implementação Conjunta (IC) - como forma de atingir os objectivos de redução de gases com efeito de estufa (GEE) impostos aos vários países para o período 2008-2012.

As transacções de carbono podem ser classificadas em dois grupos: obtenção de créditos de emissão através do investimento em projectos de MDL e IC e transacção de licenças de emissão. A avaliação destas duas componentes do mercado do carbono é apresentada neste artigo.


MDL e IC

Com a entrada em vigor do Protocolo de Quioto, o investimento em MDL e IC tem vindo a apresentar uma maior procura. Por outro lado, a publição da chamada Linking Directive que permite a transferência dos créditos de emissão conseguidos através de MDL e IC para o mercado europeu de emissões de GEE levou também a um maior investimento nestes projectos. De facto, entre Janeiro e Abril de 2005 já tinham sido transaccionadas 43 MtonCO2 através de MDL e IC. 



Figura 1 - Redução de emissões de GEE através de MDL e IC

A Europa é responsável por 60% da compra de redução de emissões através de projectos MDL e IC, o Japão por 21% e o Canadá por 4%. A maior parte do investimento europeu é, actualmente, de origem privada, sendo apenas 1/3 de origem pública, nomeadamente, por parte dos governos holandês, dinamarquês, sueco e austríaco.

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