A história da cerveja

UNICER – Comunicação e Relações Públicas
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As primeiras bebidas fermentadas feitas à base de cereais surgiram há cerca de 9000 anos. A cerveja pertence ao grupo do pão, vinho ou vidro, que possuem uma origem muito antiga e um processo básico de fabrico simples e muito disseminado.

Desde tempos imemoriais que se estabeleceram, entre o Tigre e o Eufrates, os Sumérios - um povo de elevado grau de civilização. É deles que nos chega, 7000 anos antes de Cristo, o mais antigo conhecimento de uma bebida fermentada feita à base cereais - o antepassado da cerveja dos nossos dias.

Os Babilónios, que lhes sucederam, deixaram-nos já muitos testemunhos de uma indústria cervejeira florescente. O mesmo acontece relativamente aos Egípcios, onde a cerveja se tornou numa bebida nacional - bebiam-na o povo e os reis, era oferecida a deuses e figurava nos tesouros dos sarcófagos mais notáveis.

Na Etiópia, no Norte de África, entre os Gregos e os Persas, a cerveja aparece como bebida corrente. Mas foi o domínio que a espalhou pela Europa, principalmente quando Domiciano, para combater a grave crise na cultura cerealífera, proibiu o cultivo da vinha em terrenos onde pudessem ser semeados cereais. Através da Gália chega à Grã-Bretanha, à Escandinávia e à Península Ibérica e depressa se torna a bebida favorita dos povos do Norte. 
 
A origem etimológica da palavra cerveja encontra-se no latim “cervesia”, designação específica de bebida fermentada. Os Gauleses chamavam-lhe “cerevisia”, provavelmente evocadora de Ceres - Deusa das Colheitas.

O aproveitamento do final verbal da expressão “cervesiam bibere” deve ter dado origem às palavras que noutras línguas europeias designam a cerveja (bière, bier, beer). Com efeito, a expressão ”bibere” (para beber) era frequentemente usada pelos legionários romanos de Júlio César na Europa Central.

Naturalmente que a cerveja terá tido, ao longo dos anos, diferentes caracterizações. Como traço comum, o facto de ser uma bebida fermentada obtida a partir de cereais. Só no início do século XVI, contudo, se precisou na Europa o conteúdo da palavra cerveja - bebida constituída pelo cozimento, aromatizada pelo lúpulo e fermentada pela acção de leveduras.

Foi, porém, no século XIX que o fabrico da cerveja recebeu um maior impulso, através da resolução de dois problemas fundamentais: o isolamento das leveduras responsáveis pela fermentação, o que ficou a dever-se a Pasteur, e a possibilidade de manutenção dos tanques de fermentação e as caves de guarda a temperaturas convenientemente baixas durante todo o ano (aliás, a proibição de fazer cerveja durante a época estival existiu na Baviera entre 1550 e 1850).

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