Na cidade sem o carro

Grupo de Trabalho do Dia Europeu sem Carros
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No entanto, e simultaneamente, o número de viaturas nas estradas europeias, principalmente nas vias urbanas, continua a aumentar, levando à deterioração da qualidade de vida dos que vivem nas cidades (mais ruído, poluição atmosférica, stress, etc.).

Pressionada pelo agravamento desta situação, a União Europeia adoptou uma Directiva-Quadro (96/62/CE) sobre a qualidade do ar ambiente, que pretende garantir a saúde pública e a qualidade de vida dos cidadãos europeus. Está, igualmente, a ser preparada uma Directiva sobre Ruído.

Ao mesmo tempo, a União Europeia tem vindo a apoiar vários projectos, e a despoletar uma série de iniciativas tendo em conta a resolução ou minimização destes problemas.

O porquê da Campanha Portuguesa

A nível nacional, e de acordo com o "1º Inquérito Nacional sobre os Portugueses e o Ambiente", a maioria dos inquiridos acham que os principais problemas ambientais que mais se agravaram nos últimos 10 anos foram o "trânsito", o "ruído" e a "qualidade do ar" - três aspectos directamente ligados à mobilidade urbana nas nossas cidades.

Os problemas ambientais que espontaneamente os portugueses identificam como afectando mais a qualidade da sua vida diária são, acima de tudo, a poluição automóvel - fumo dos escapes, barulho e trânsito intenso -, depois o ruído e a poluição do ar. O automóvel surge, assim, como factor desqualificador da qualidade do ambiente, disseminado por todo o país e afectando todos os cidadãos.

Contudo, quando questionados sobre as acções individuais a tomar que, pela sua natureza ou objectivo, protegem o ambiente, apenas uma percentagem de 25% a 30% dos cidadãos admitem estar dispostos a adoptar medidas como "evitar o uso do carro nas deslocações diárias" ou "adaptar o carro para combustíveis alternativos". O carro continua a ser um dos bens mais apetecidos e queridos em termos pessoais, apesar de ser reconhecido como grande responsável pela perda de qualidade ambiental, no-dia-a-dia, na sociedade portuguesa.

Os transportes rodoviários são em Portugal responsáveis pela maioria das emissões de monóxido de carbono (CO)(~60%), apresentam a maior contribuição para as emissões de óxidos de azoto (NOX), gases altamente tóxicos, (~45%) e participam significativamente nas emissões de dióxido de carbono (CO2), principal responsável pelo chamado efeito de estufa.

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