Tratamento de Águas de Escorrência – Considerações Gerais

Rita Teixeira d’Azevedo
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O transporte da poluição acumulada nas vias rodoviárias pelas águas pluviais (águas de escorrência) induz impactes ambientais negativos importantes, sobretudo tratando-se de meios sensíveis. Nesse sentido, deverá proceder-se ao seu tratamento.

Introdução

O presente artigo pretende ser o primeiro de vários artigos onde será abordada a temática das águas de escorrência, no âmbito das considerações gerais, enquadramento legal aplicável, sistemas de tratamento disponíveis, entre outros. Esta temática, praticamente ignorada até à actualidade e ainda do desconhecimento da população, em geral, reveste-se de extrema relevância no panorama nacional a nível de recursos hídricos e qualidade da água.

A deterioração da qualidade do meio hídrico e a afectação de ecossistemas pela influência de estradas deve-se ao transporte da poluição acumulada no pavimento pelas águas pluviais, designando-se como águas de escorrência. Entre os poluentes mais comuns e preocupantes encontram-se os metais pesados (zinco, cobre, chumbo, cádmio, crómio), os hidrocarbonetos, os óleos e gorduras e os sólidos suspensos totais. Os níveis de poluição eventualmente críticos são pontuais, pois ocorrem nas primeiras chuvadas após um período seco mais ou menos longo.

Enquadramento do Tema

A concepção de Sistemas de Tratamento de Águas de Escorrência da via insere-se no Procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental relativo à fase de Projecto de Execução e constitui uma especificação das medidas ambientais recomendadas durante a fase de Estudo Prévio, respondendo às especificações da Declaração de Impacte Ambiental (DIA). Para o efeito, esse volume é uma parte integrante do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE).

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