Sensibilização Ambiental - Importância e Relação com a Gestão Ambiental

Rita Teixeira d’Azevedo
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Muito se tem falado do papel da Sensibilização Ambiental como ferramenta essencial para se atingir uma mudança de atitudes em relação à protecção do meio ambiente. Neste artigo é analisada a relação desta ferramenta com a Gestão Ambiental.

A Sensibilização Ambiental pretende atingir uma predisposição da população para uma mudança de atitudes. No entanto, esta mudança de atitudes só se pode verificar se a população for educada, ou seja, se depois de sensibilizada lhe forem apresentados os meios da mudança que levem a uma atitude mais correcta para com o Ambiente.

O mesmo se aplica no caso se dirigir a organizações, em vez de direccionada para indivíduos, nomeadamente as que pretendem implementar, manter e rever um sistema de gestão ambiental.

Sensibilização e Educação Ambiental

A Sensibilização Ambiental é muitas vezes confundida com Educação Ambiental. A sensibilização só por si não leva a mudanças duradouras, serve antes como uma preparação para as acções de educação ambiental.

A educação ambiental é um processo educativo que surgiu da constatação pela progressiva destruição do Ambiente por parte da Humanidade, sobretudo a partir da revolução industrial. Procura dar resposta à urgente necessidade de conduzir as pessoas a uma mudança de atitudes e comportamentos que as levem a participar activamente na resolução dos problemas ambientais. A Administração Local e Central, a par das escolas, universidades, organizações não governamentais de ambiente e meios de comunicação social, tem um importante papel a desempenhar neste campo, dado o seu conhecimento das regiões, dos problemas e dos métodos mais eficazes de intervenção.

De uma forma geral, tem-se feito mais sensibilização do que educação ambiental no nosso país, sobretudo as organizações governamentais têm uma certa tendência para realizar acções de esclarecimento da opinião pública, utilizando bons suportes publicitários dirigidos às massas, segundo temas ambientais.

A sobrecarga de publicidade satura a maior parte das pessoas, tornando as mensagens superficiais e, em geral, acaba por não levar a mudanças de atitudes definitivas e duradouras. Na maior parte dos casos, a população alvo não é actuante e apenas espectadora; no entanto, bem direccionada tem importância e serve como “agente publicitário” para as acções de educação ambiental que venham a decorrer no futuro próximo.

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