Dar água às aves

João Bugalho
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Nestes dias em que o calor aperta é ver as aves, de bico aberto, pelas sombras! Muitas delas, juvenis ainda, com menos resistência do que os pais e muito susceptíveis a morrer por desidratação. Poderemos ajudá-las? Claro. Vejamos como.

 

No Verão, o que a maioria das aves mais aprecia é àgua corrente ou, pelo menos, renovada. Quantas vezes existe um ponto de água, um tanque por exemplo, cheio de metros cúbicos do desejado líquido, ao qual as aves não chegam porque as margens, as paredes do tanque, são verticais e o nível da água está mais baixo e fora do seu alcance. Aí podemos actuar de duas formas:

a) Fazer uma rampa, basta uma simples tábua, com uma ligação articulada à parede do tanque, apoiada num pequeno flutuador improvisado (pedaço de cortiça, garrafa ou garrafão de água vazio e bem rolhado, por exemplo), que será mais eficaz ainda se tiver pequenas ripas transversais que facilitem a descidas e o poiso das aves. Pode ser como o que se esquematiza ou de muitas outras formas que a imaginação nos sugira (Fig.1).

Que inconveniente pode ter este sistema? Preso à margem, fica também ao alcance dos predadores. Os gatos especialmente, cedo descobrirão que têm "petisco" ao seu alcance.

Por isso podemos optar por outra solução:

 

b) Fazer uma pequena jangada, onde as aves poisem e donde alcancem facilmente a água.

Esta deverá ser amarrada a um objecto pesado que, no fundo, sirva de âncora, para a jangada não ser arrastada, pelo vento, para as margens. De novo, o improviso ditará grande quantidade de soluções mas o modelo que se apresenta pode ser eficaz (Fig.2).

Às vezes é fácil, junto á saída da água de um tanque ou de uma fonte, fazer apenas uma pequena poça onde vão pingando, de quando em quando, uma gotas de água fresca. Quantas vezes é tão fácil fazê-lo junto à torneira da mangueira do jardim, ou da garagem! Com tão pouco pode ajudar-se tanto pássaro a matar a sede!

Por fim resta-nos a alternativa da água parada:

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