É uma espécie comum ao longo da sua distribuição, que está ausente apenas de regiões francamente desfavoráveis, como sejam, por exemplo, as zonas de montanha. A espécie atinge frequentemente o estatuto de praga, causando pesados danos ao nível dos recursos alimentares armazenados ou de colheitas. É também um vector de várias patologias que atingem o Homem.
As populações que vivem no exterior costumam ser maiores, ainda que em menor densidade do que as que vivem em construções humanas. No exterior, as densidades variam frequentemente entre os 60 e os 875 indivíduos por hectare. Nos Estados Unidos da América foi calculado que num aviário de galinhas existia uma densidade de 70 000 indivíduos por hectare.
ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
Nulo.
HABITAT
Como o seu nome científico e vernáculo atestam, esta é uma espécie extremamente bem adaptada a partilhar as estruturas humanas. Não obstante, é bastante ecléctica e ocorre igualmente com sucesso em ambientes selvagens. Actualmente assiste-se inclusivamente a um processo inverso ao que sucedeu no passado, ou seja, das populações residentes em meios urbanos estão a sair indivíduos para colonizar meios silvestres, como campos agrícolas, cordões dunares, zonas de matos e florestas.
À semelhança da Ratazana-preta, Rattus rattus, e ao contrário da Ratazana-de-água, Rattus norvegicus, esta espécie prefere ambientes razoavelmente secos e por isso rejeita nas cidades os sistemas de esgotos, preferindo sótãos ou armazéns. Nos meios rurais habita também em celeiros, galinheiros e até nas próprias casas. É de resto curioso verificar que podem partilhar com os humanos o mesmo espaço durante bastante tempo, sem que estes se apercebam.
ALIMENTAÇÃO
Na natureza, os ratos-caseiros alimentam-se fundamentalmente de vegetais, em particular de grãos e sementes, mas podem complementar a sua dieta com insectos. Quando vivem em redor dos humanos podem adaptar-se ao consumo exclusivo de restos de comida ou mesmo, quando habitam armazéns de carne, a uma dieta totalmente carnívora.
REPRODUÇÃO
Os ratos-caseiros iniciam a reprodução às seis semanas de idade. As populações campestres reproduzem-se fundamentalmente na Primavera e no Verão, mas as que residem em estruturas artificiais podem fazê-lo durante todo o ano. As fêmeas podem ter até dez ninhadas por ano, com 5 ou 6 crias por ninhada, podendo ocasionalmente chegar às 12. Os ratos-caseiros, podem rapidamente adaptar a frequência e o tamanho das suas ninhadas à disponibilidade de alimento e à dimensão da população. A gestação dura 19 ou 20 dias, e as crias nascem cegas e sem pêlo e são desmamadas ao 18º dia.