Ficha do Sapo-parteiro-ibérico

Rui Braz
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Limitado ao Sudoeste da Península Ibérica, o sapo-parteiro-ibérico é um endemismo peculiar: os machos transportam os ovos às costas e embora esta espécie tenha posturas pequenas, asseguram a sobrevivência da maioria dos seus descendentes.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O sapo-parteiro-ibérico (Alytes cisternasii) é um anuro (anfíbio sem cauda) de pequenas dimensões, geralmente com menos de 4,5 cm de comprimento. Os olhos são proeminentes e laterais com pupila vertical e a íris é dourada com retículos negros. As glândulas paratóides - 2 glândulas ovóides situadas na parte posterior da cabeça - são pouco visíveis. Possuem dois tubérculos (calosidades) palmares nas patas dianteiras, característica que os distingue da outra espécie de sapo parteiro existente em Portugal. Tem membros curtos com 5 dedos nas patas posteriores e 4 nas anteriores. Nas costas a pele é ligeiramente verrugosa e tem cor parda com manchas mais escuras (castanhas, cinzentas ou esverdeadas). Apresentam pequenas verrugas alaranjadas na cabeça, dorso e membros. Ventralmente são muito claros.

O dimorfismo sexual não é muito acentuado mas em média, as fêmeas são maiores que os machos. Na altura da reprodução é possível ver à transparência os ovos no ventre das fêmeas.

Os girinos podem atingir 7 cm de comprimento total. Ao eclodirem medem cerca de 1 cm. Têm olhos pequenos e íris dourada pigmentada de preto. A membrana caudal apresenta pequenas manchas escuras e esbranquiçadas.

DISTRIBUIÇÃO

É uma espécie que só existe no quadrante sudoeste da Península Ibérica. Em Portugal existe sobretudo a sul do rio Tejo.

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