Ficha da Gaivota-argêntea

Inês Catry
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A Gaivota-argêntea é uma espécie oportunista de grande plasticidade adaptativa e competitiva, utilizando quase todo o tipo de alimentos, e com um elevado potencial reprodutor, pelo que facilmente atinge proporções de praga.

 

 

CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO

A Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) pertence à ordem dos Charadriiformes e à família Laridae. Um pouco maior que a Gaivota-de-asa-escura (Larus fuscus), distingue-se desta pela cor cinzento-claro do dorso e das asas, contrastando com a ponta preta com pintas brancas. O resto do corpo é branco, com excepção do bico amarelo (onde sobressai a ponta vermelha); os olhos são amarelos (o anel orbital é vermelho), assim como as patas.

Os juvenis e os imaturos em plumagem de 1º Inverno possuem penas mais acastanhadas: as coberturas são de cor castanho-escuro orladas a branco e as primárias exteriores, secundárias e rectrizes são pretas-acastanhadas. As primárias interiores são castanhas-claro. Têm uma barra terminal preta na cauda. Os olhos e o bico são castanhos e as patas apresentam uma cor rosada. As gaivotas-de-patas-amarelas atingem a maturidade por volta dos 4/5 anos e até adquirirem a plumagem de adulto mantêm traços que possibilitam a sua distinção. O manto vai-se tornando cinzento-claro, os olhos e patas tornam-se amareladas, mas mantêm algumas coberturas interiores castanhas.


Fotografias de José Romão

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

A área de distribuição desta espécie compreende o Mediterrâneo e ainda os mares Negro e Cáspio. É uma espécie que se encontra em clara expansão. De 1966 a 1976 a população do Mediterrâneo terá crescido a um ritmo de 6,9-8,7% por ano. Entre os países europeus com maior número de casais reprodutores contam-se a França, Espanha, Itália, Croácia, Rússia e Ucrânia.

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