Mocho-galego, o caçador do crepúsculo

Carolina Bloise
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Entre as aves de presa nocturnas, o mocho-galego é a que pode ser mais facilmente observada, por possuir hábitos crepusculares e por vezes diurnos. Ao entardecer, é possível vê-lo pousado em fios, telhados e postes, um pouco por todo o país.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O mocho-galego, Athene noctua, é uma ave da ordem dos Strigiformes, com aproximadamente 23 cm de comprimento e com uma envergadura que varia entre os 54 e 58 cm. É relativamente pequeno, com um aspecto compacto, sem orelhas e com umas sobrancelhas brancas e largas na face. As asas são largas e arredondadas, salpicadas de branco na parte superior. A parte inferior do corpo é esbranquiçada e fortemente listrada de castanho escuro. Tem as patas compridas proporcionalmente ao corpo. As diferenças entre os sexos são imperceptíveis. Os taxonomistas distinguem onze sub-espécies, baseando-se em diferenças de cor e de tamanho. Por exemplo, a mais escura é o A. n. vidalii, que ocorre no Oeste da Europa e a mais pálida, A. n. lilith, habita as regiões secas e arenosas da extremidade Leste do Mediterrâneo.

Vê-se frequentemente durante o dia, tendo um voo ondulante, o que parece ser vantajoso para despistar os predadores (aves de rapina diurnas). Durante a noite voa a direito e a baixa altitude.

Durante a época de reprodução os machos marcam o território através do canto, que consiste num “hooo-oo hooo-oo”, ouvindo-se principalmente ao entardecer e durante a noite.

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