Energia - Quem não precisa dela?

Alexandre Vaz
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Os combustíveis vegetais, como a lenha das árvores foram durante séculos uma das fontes de energia mais utilizadas, e ainda hoje em alguns países do dito terceiro mundo continuam a ser. Infelizmente, o aumento no consumo de energia conduziu inevitavelmente ao derrube de florestas e ao alargamento de desertos.

As chamadas energias renováveis ou alternativas, como a eólica, a hidroeléctrica, a das ondas ou a solar, dependem em grande parte de factores atmosféricos, e o seu aproveitamento só se adequa a zonas muito particulares do globo.

A sua eficiência depende das condições naturais, que por sua vez não coincidem frequentemente com as exigências energéticas. Um bom exemplo disso mesmo é o caso da energia solar. Durante o Inverno, quando necessitamos de mais energia para nos aquecermos ou para iluminarmos a casa durante mais horas, é que nos falta o Sol para produzir a dita energia. A resposta para esse problema pode parecer óbvia: produza-se e armazene-se. Mas esse é justamente um problema talvez ainda mais difícil de resolver do que a própria produção. Essa, tem sido de resto a grande valia dos combustíveis fosseis. Eles estão no subsolo "à espera" de ser retirados ao ritmo que mais convier.

 

Embora não poluentes, as energias alternativas não estão isentas de impactos negativos na natureza. É obvio que um complexo hidroeléctrico de grande dimensão ou um parque eólico comprometem seriamente o ambiente das zonas onde estão implantados, tanto mais que para igualar a produção de uma central eléctrica média são necessários aproximadamente 1000 geradores eólicos ou 5Km2 de painéis solares. Por outro lado, algumas formas de captação de energia podem não só não ser economicamente viáveis, como mesmo energeticamente o balanço pode ser negativo. Vejamos um exemplo: em teoria é possível aproveitar a energia das correntes oceânicas, mas na prática, a energia necessária para construir, colocar e manter uma turbina para o efeito, poderia exceder aquela que dali adviria.

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