Enquanto há vento, há moinho

Sara Otero
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Assim como sopra o vento também têm sido as ajudas que Vitor Hugo vem recebendo. “Uns anos sim, outros nem por isso.”

Não consegue explicar porquê, mas quase todos os dias visita o moinho. “Trago um saco com pão e uma garrafa com vinho e passo aqui o dia. É aqui que me sinto bem.”

Ao longo dos anos têm sido realizadas diversas reportagens sobre este moinho demonstrando que o interesse e a curiosidade não faltam. Segundo ele “antigamente existiam perto de sessenta moinhos nesta região, agora só restam uma dúzia e só este trabalha.”

Enquanto puder vai encarregar-se de dar vida a uma tradição secular que assim, devido a ele, teima em não desaparecer.

Vitor Hugo até tem um cartão de visita com o qual fomos contemplados, para o caso de querermos voltar. O cartão, simples, com letras azuis como as barras do seu moinho diz: José Vitor Hugo Castro Alcainça – MOLEIRO, morada À-do-Pipo e por aí fora. “Só se não poder mesmo é que não venho” diz-nos o Moleiro.


Fotografias de José Romão

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