Entre o mar e a pedra - o Percebe e os Percebeiros

Dora Jesus
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Estes homens, os verdadeiros percebeiros ou marisqueiros, que fazem vida desta apanha, são possuidores de uma licença profissional e de um cartão de apanhador emitidos pela Direcção Geral das Pescas e Aquicultura e estão colectados, sendo obrigados a passar facturas, o que apesar do que se possa pensar, de nada serve, nem para eles nem para o percebe.

As lacunas existentes na legislação aliadas à falta de fiscalização, faz crescer o número de indivíduos que, sem grande consciência, apanham todo o percebe que conseguem, independentemente do tamanho e da qualidade, fazendo florescer um mercado paralelo, em que o que interessa unicamente é vender.

O dia a dia (quando o é) dos marisqueiros que enfrentam o mar por um “punhado” de percebes, é difícil e cheio de incertezas.

A apanha de percebe não tem época definida, é quando o patrão deixa, e o patrão ... é o mar! No Inverno é raro o dia em que os deixa trabalhar, mas no Verão quase sempre lhes dá mais hipóteses, mas onde o percebe cresce, a vida nunca é fácil.

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