A vegetação ripícola como filtro biológico de nutrientes

Nuno Leitão
Imprimir
Texto A A A

Uma das razões que tornam as galerias ripícolas uma componente essencial para o funcionamento dos ecossistemas fluviais é a sua acção como filtros biológicos de nutrientes e de diversas substâncias poluentes.

As zonas ripícolas englobam os habitats e respectivas comunidades das zonas marginais de rios e lagos, cujas fronteiras são complicadas de definir. É um sistema em forma de faixas que interliga e interactua com os sistemas terrestres e aquáticos.

A vegetação ripícola é uma estrutura distinta na paisagem. Embora pareça uma mera componente florística, ela constitui um sistema essencial para os ecossistemas fluviais, ao representar habitats únicos, fomentar a biodiversidade e a produtividade biológica, contribuir com matéria alimentar para os sistemas aquáticos, reter os sedimentos da erosão hídrica, reter nutrientes de lixiviação, para além da sua importância a nível paisagístico.

 Uma das mais importantes funções das faixas de vegetação ripícola é a sua acção como filtro biológico de nutrientes e de outras substâncias poluentes, principalmente quando sistemas terrestres adjacentes são responsáveis por elevados inputs, como é o caso dos sistemas agrícolas, que originam intensos fluxos de nutrientes, normalmente responsáveis pela eutrofização dos sistemas aquáticos.

Comentários

Newsletter