Muro de suporte vivo em madeira tipo Cribwall: uma solução eficaz no controlo da erosão e na re – (construção) da paisagem

Vasco Rocha (Consultor em Engenharia Natural e Paisagismo)
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O muro de suporte vivo em madeira tipo “Cribwall” constitui um dos métodos de construção combinado mais aplicados e de maior sucesso em projectos de valorização biofísica. Neste artigo são abordados aspectos da sua implementação que vão desde os objectivos e âmbitos de intervenção à manutenção passando pelos Pormenores de execução, entre outros.

O muro de suporte vivo em madeira tipo “Cribwall” constitui, entre os métodos de construção combinados (com materiais vivos e inertes), um dos mais aplicados e de maior sucesso em projectos de valorização biofísica e paisagística e na protecção do solo, em ecossistemas terrestres e aquáticos. A correcta avaliação do fenómeno erosivo, o dimensionamento válido da estrutura e o material vivo elegível a aplicar, são fundamentais para o êxito e perpetuação da intervenção.

Descrição

Este tipo de muro (de gravidade) em estrutura simples ou dupla (consoante a utilização ou não de troncos longitudinais na parte interna da estrutura), é formado por “caixas” resultantes da sobreposição de troncos transversais e longitudinais, fixados por cavilhas de ferro. Durante a execução da obra, procede-se à colocação do material vegetal vivo autóctone, sobretudo estacas provenientes de plantas dotadas de propagação vegetativa (ex: Tamargueira – Tamarix sp.; Salgueiro – Salix sp.) e/ou plantas em torrão ou raíz nua, que emitam raízes adventícias (ex: Folhado - Viburnum tinus) – características biotécnicas essenciais.

As “caixas” de troncos são sujeitas a enchimento com material terroso (local) ou terra vegetal de empréstimo, para garantir o desenvolvimento da vegetação e, por material inerte (pedras, blocos irregulares) cerrando a parte externa, para assim impedir o esvaziamento da estrutura. 

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