Laboratório de Paisagem das Furnas: À procura de modelos sustentáveis de gestão do território

Filipa Alves
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Para o conseguir o Governo dos Açores adquiriu 300 hectares de terrenos agrícolas. A primeira fase da intervenção paisagística no âmbito do POBHLF, que durou dois anos, envolveu a remoção do gado e de várias toneladas de resíduos abandonados como pneus, plásticos e ferro velho. De seguida, iniciou-se a transformação da paisagem com múltiplos tipos de intervenções como a eliminação das espécies de plantas invasoras – ex.: silvados (Rubus spp.), conteira (Hedychium gardnerianum) e incenso (Pittosporum undulatum) - e substituição por flora nativa, a criação de áreas de floresta de produção, a consolidação de linhas de erosão, etc.

Foi neste contexto de reformulação da gestão do território da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas que, em 2007, nasceu o projecto do Laboratório de Paisagem das Furnas, pioneiro não só a nível regional, mas também nacional. Perante a oportunidade única de recriar não apenas uma área mas toda uma paisagem, optou-se por uma inovadora abordagem experimental que permitisse testar diferentes possibilidades, numa procura contínua de modelos sustentáveis de gestão do território não só ao nível ecológico, mas também económico e social.

O LPF reaviva assim a tradição de experimentação paisagística iniciada por homens como José do Canto que, no séc. XIX, testaram na região o potencial de crescimento de diferentes espécies florestais para a produção de madeira.

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