A Agricultura Biológica - a afirmação de um Movimento de reaproximação da Natureza

Filipa Alves
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A atualidade em números

a) A Agricultura Biológica no mundo

Segundo dados do Research Institute of Organic Agriculture e da International Federation Organic Movements (FiBL e IFOAM) relativos a 2010, a área mundial de cultivos de Agricultura Biológica é de 37 milhões de hectares - mais do triplo do registado em 1999, e que corresponde a um total de 1,6 milhões de produtores.

Do total global, 12,1 milhões de hectares (32,8%) localizam-se na Oceânia, 10 milhões de hectares (27,0%) na Europa, 8,4 milhões de hectares (22,7%) na América Latina, 2,8 milhões de hectares (7,5%) na Ásia, 2,7 Milhões de hectares (7,2%) na América do Norte e 1,1 milhões de hectares (2,9%) em África.

A nível local, a Austrália é o país com maior área de cultivos dedicados à Agricultura Biológica (12 milhões de hectares), seguida da Argentina (4,18 milhões de hectares) e dos Estados Unidos (1,95 milhões de hectares).

Globalmente, a área em que se pratica Agricultura Biológica representa 0,9% da área de cultivos agrícolas global, mas nem todas as regiões contribuem da mesma maneira, com a Oceânia a ser o território continental que mais se destaca, onde 2,9% das terras agrícolas são alvo de Agricultura Biológica, seguida da Europa (2,1%) e da América Latina (1,4%), encontrando-se a África (0,1%) e a Ásia (0,2% no extremo oposto).

No que diz respeito aos países/territórios, aquele que mais se destaca no que diz respeito à representatividade da SAU (proporção da Superfície Agrícola Útil – SAU) de Agricultura Biológica relativamente à SAU global, é o das Ilhas Malvinas (35,9%), seguido do Liechtenstein (27,3%) e da Áustria (19,7%). 

Relativamente à ocupação das terras dedicadas à Agricultura Biológica em 2010, verifica-se um predomínio das prados/pastagens permanentes (23,7 milhões de hectares), seguido das culturas arvenses - 6,1 milhões de hectares (17% do total), dos quais 2,5 milhões de hectares são de cereais, 2 milhões de hectares de forragens verdes, 0,5 milhões de hectares de oleagináceas, 0,3 milhões de hectares de proteaginosas e 0,2 millhões de hectares de produtos hortícolas. As culturas permanentes ocupavam, em 2010, 2,65 milhões de hectares (7%) – a mais importante das quais era o café (0,64 millhões de hectares), seguido do olival (0,5 milhões de hectares), do cacau (0,29 milhões de hectares), dos frutos secos (0,26 milhões de hectares) e, finalmente, da vinha (0,22 milhões de hectares).

Em relação em 2009, verificou-se uma redução de 50 mil hectares na área onde se pratica Agricultura Biológica, o correspondente a 0,1% da área dedicada à Agricultura Biológica, sendo que os únicos continentes onde esta área cresceu foram a Europa e a África.

Esta redução contrasta com o aumento, a nível mundial, de 8,7% da área dedicada à Agricultura Biológica entre 2007 e 2008. Neste período, o país que registou um maior crescimento foi a Argentina, seguido das ilhas Malvinas e, depois, da Espanha.

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