Fogo de Góis: crónica do maior incêndio florestal do ano 2000

Cristina Pereira
Imprimir
Texto A A A

Em Agosto de 2000 o concelho de Góis foi assolado por um incêndio florestal de grandes proporções, que queimou 4290 ha de floresta e matos. Esta crónica serve de pretexto para reflectir sobre este problema central da nossa floresta.

 

 

 

Nos dias 5 e 6 de Agosto de 2000 ocorreu no concelho de Góis, distrito de Coimbra, um fogo florestal de grandes proporções. É apenas um, de entre os inúmeros que poderíamos ter escolhido para esta reportagem. Foi, no entanto, o que maior área ardida causou este ano, exactamente 4 290 hectares. Uma visita ao local, mesmo passado todos estes meses, recorda que o que ali se passou não será facilmente esquecido pelas populações. As árvores, essas, continuam lá, negras e esquecidas.

Um foguete…


O Inspector Ilídio Sousa, responsável na altura do fogo pela coordenação das operações, afirma que desde cedo se apercebeu das dimensões devastadoras que este incêndio poderia causar mas, as altas temperaturas, os fortes ventos e a necessidade de acorrer às populações tornaram o combate ao incêndio uma luta difícil. De facto, durante longas horas as chamas incontroláveis rodearam povoações, ameaçando pessoas e bens. Só vinte e quatro horas depois de se ter iniciado o fogo foi dado como controlado. Nos momentos mais críticos chegaram a estar presentes mais de 300 bombeiros, 58 viaturas e diversos meios aéreos.

Em Alvares, uma das povoações mais ameaçadas, a população juntou-se aos bombeiros no combate ao fogo, “para salvar as nossas casas e as nossas coisas” disseram-nos, na altura da tragédia, diversos habitantes. “Vai ser muito difícil deixar tudo como estava antes” foi outra das frases ouvidas.

 

Comentários

Newsletter