Floresta Portuguesa: Território, Ambiente e Economia

Carlos Rio Carvalho
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Há um novo papel da floresta na política de ambiente e ordenamento do território. Há um novo papel dos municípios no planeamento do território e na detecção de iniciativas. Papeis que é indispensável discutir de forma fundamentada.

A floresta é um elemento perene de estruturação do território compondo alguns dos ecossistemas mais biodiversos e integrando os ciclos da água e do carbono. Esta estrutura inclui todas as florestas cuja vocação é predominantemente produtiva. As árvores demoram tempo a crescer e ocupam o território durante largos períodos. A função estruturante do território e os benefícios ambientais no longo prazo são homólogos dos horizontes de investimento muito alargados e das baixas rendibilidades florestais. Pode dizer-se que a floresta gera benefícios que, em larga medida, se mantém externos à análise dos investimentos florestais.

Existe também um conjunto de factores que dificultam o investimento, multiplamente relacionados com as externalidades ambientais e sociais.

De D.Dinis aos fundos comunitários

Um factor chave do investimento florestal é a propriedade da terra. A grande fragmentação da propriedade dificulta o investimento porque as propriedades não têm dimensão adequada para serem geridas de forma rentável. Em muitos casos, a situação de registo e localização espacial das propriedades é precária. Estas causas redundam na baixa intensidade do investimento florestal, com excepção do eucalipto, solidamente integrado na mais importante fileira industrial portuguesa.

Outro factor chave é a maturidade e rendibilidade: horizontes de várias décadas e baixas rendibilidades geram o desinteresse dos investidores.

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