Sobre a Estratégia Nacional para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade

Helena Freitas
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É lamentável também a falta de ambição no capítulo das alterações climáticas. Sendo certo que esta será uma das principais causas para a perda da diversidade biológica, o documento devia apontar para a investigação em termos dos efeitos concretos das variações previsíveis de precipitação e temperatura em espécies-chave, habitats-chave e paisagens, tendo por base, por exemplo, algumas espécies florestais indicadoras. É importante que a observação de modelos apoie as decisões que visem mitigar efeitos das alterações climáticas em termos das políticas a adoptar.

Por último, chamo a atenção para a necessidade da ENCNB incluir a constituição de conselhos técnicos e/ou científicos, ou seja, orgãos consultivos para apoiar a administração na tomada de decisão, sobretudo em áreas em que a prática de gestão se vê necessariamente condicionada pela incerteza científica e/ou algum nível de subjectividade. Por exemplo, a criação imediata de conselhos consultivos para acompanhamento e avaliação dos planos de acção relativos à protecção de espécies ameaçadas, das opções estratégicas e mesmo da formação dos recursos humanos.

 
 

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