Num artigo publicado recentemente, é afirmado que os dragões de Komodo possuem glândulas de veneno na boca e que quando mordem não é a força da dentada o mais importante mas sim os efeitos do veneno.
Os resultados foram obtidos por uma equipa de investigadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, e foram publicados na prestigiosa revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Para os investigadores sempre tinha sido um mistério a razão pela qual os dragões de Komodo são capazes de predar animais tão volumosos apesar de a sua mordida não ser especialmente forte. Aparentemente depois de atacada por um dragão de Komodo a presa ficar atordoada, o que permite ao predador dar o “golpe final”. Inicialmente pensou-se que ao morder os dragões poderiam transmitir uma bactéria que causaria uma infecção, debilitando o animal. Mas a descoberta recente de que os dragões de Komodo possuem glândulas produtoras de uma substância que por um lado dificulta a coagulação e por outro relaxa os vasos sanguíneos apresenta-se como explicação alternativa.
No entanto, esta conclusão não é consensual e tem recebido várias críticas. Kurt Schwenk, da Universidade do Conneticut nos Estados-Unidos afirma que apesar de as glândulas agora descobertas serem intrigantes não deixam de ser “insignificantes, irrelevantes e enganadoras”. O investigador considera que não é necessário recorrer a esta explicação para justificar o sucesso de um ataque de um animal tão corpulento quanto o dragão de Komodo.
Fonte: The New York Times
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