Zimbro da Virgínia contém antibiótico que poderá combater infecções mortais no Homem

Isabel Palma (09-08-11)
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Um grupo de investigadores descobriu um antibiótico no Zimbro da Virgínia (Juniperus virginiana) que é efectivo contra o Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA), uma superbactéria resistente à maioria dos antibióticos.

Chung-Ho Lin, investigador assistente do Missouri University Center for Agroforestry at the College of Agriculture, Food and Natural Resources, George Stewart, professor do College of Veterinary Medicine e Brian Thompson, a realizar o pós-doutoramento no Bond Life Sciences Center são os responsáveis pela investigação.

“Descobrimos este composto químico nas agulhas do Zimbro da Virgínia, um recurso abundante e renovável que pode ser recolhido anualmente,” refere o co-investigador Brian Thompson. “Como o composto está nas agulhas, não é necessário cortar as árvores.”

Estes cientistas identificaram, isolaram e testaram 17 compostos e têm planos para analisar mais. Verificaram que uma pequena concentração de um composto químico descoberto nesta árvore foi efectivo contra o MRSA.

MRSA é uma bactéria que apresenta resistência à generalidade dos antibióticos. Para a maioria das pessoas, a infecção está localizada apenas na pele. No entanto, pode espalhar-se pelos órgãos vitais causando o Síndrome de Choque Tóxico Estafilocócico e pneumonia, especialmente em pessoas com o sistema imunitário debilitado.

Há cerca de 30 anos, MRSA representava 2% de todas as infecções por Staphylococcus. Só em 2005, as infecções por esta bactéria colocaram em risco a vida de mais de 94 mil pessoas nos Estados Unidos, de acordo com um relatório do Centro de Controlo de Doença. Cerca de 19 mil pessoas morreram nos hospitais devido a estas infecções.

Para além do seu potencial em combater as bactérias MRSA, os investigadores verificaram que há compostos descobertos na árvore que são capazes de matar algumas células de cancro da pele em ratos. Também poderão ser efectivos como tratamento tópico para a acne.

Por enquanto, estes compostos ainda estão muito longe do uso comercial, uma vez que têm de passar pelos ensaios clínicos.


Fonte: www.sciencedaily.com


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