Monocultura para produção de óleo de palma está a pôr em risco a floresta equatorial

Sara Otero (Ano 2000)
Imprimir
Texto A A A

Vastas áreas florestais ao longo da costa do Equador poderão brevemente ser substituídas por monoculturas de palmeiras para a extracção do óleo de palma.

As regiões florestais ao longo da costa do Equador poderão brevemente ser devastadas por extensas plantações de palmeiras, tendo este aviso sido feito pelo Dr. Byron Real, director da Corporation for the Defense of Life (CORDAVI), um grupo de conservação do Equador. A zona equatorial do Choco, uma região de densa floresta húmida, está a ser cortada a favor da lucrativa cultura de palmeiras para a extracção do óleo de palma. A região do Choco é um dos grandes ecossistemas da América do Sul, que inclui áreas que começam nas terras baixas do Panamá, bordejando o Oceano Pacífico até ao Equador, sendo uma das regiões do planeta que apresenta maior biodiversidade. 
 
O ecossistema equatorial do Choco inclui a Reserva de Mangue Cayapas Mataje, a Reserva Ecológica Cotacachi Cayapas e a Reserva Indígena Awa. Existem também vastas florestas naturais no exterior destas áreas. Estas florestas e a região circundante suportam no seu conjunto aproximadamente 9000 espécies de plantas e animais, incluindo mais de 800 espécies de aves, 235 mamíferos e 210 répteis.

Somente 6% desta floresta permanece ainda intacta, em parcelas dispersas na zona oeste dos Andes Equatoriais, principalmente no extremo norte da Província das Esmeraldas. A devastação destas florestas deveu-se, em grande medida, ao crescimento da agricultura na costa, que começou no início do século XX. Ao longo dos últimos quarenta anos, o nível de destruição destas áreas, tornou-as numa das mais desvastadas no Equador. Para além disso, neste momento estas florestas defrontam-se com mais um problema: a monocultura de palmeiras. A prática de substituição das florestas naturais por plantações de palmeiras tem aparentemente o apoio incondicional do recente governo. O óleo de palma tem várias utilizações, desde óleo alimentar, até combustível em substituição do gasóleo, componente de sabonetes, componente de plásticos, etc.

Para se criar uma plantação de palmeiras, as companhias responsáveis começam por derrubar a floresta natural, o que provoca de imediato a redução drástica da biodiversiade local, perturbando e promovendo um impacto negativo nas florestas mais próximas e nas comunidade locais. Os habitantes destas terras têm de abandonar as suas quintas, procurando reorganizar a sua vida nas cidades mais próximas e grandes cidades do país, ou movendo-se para as florestas naturais que restam, ou estabelecendo-se nos territórios ancestrais das comunidades nativas.

O ecossistema equatorial do Choco inclui a Reserva de Mangue Cayapas Mataje, a Reserva Ecológica Cotacachi Cayapas e a Reserva Indígena Awa. Existem também vastas florestas naturais no exterior destas áreas. Estas florestas e a região circundante suportam no seu conjunto aproximadamente 9000 espécies de plantas e animais, incluindo mais de 800 espécies de aves, 235 mamíferos e 210 répteis.

Somente 6% desta floresta permanece ainda intacta, em parcelas dispersas na zona oeste dos Andes Equatoriais, principalmente no extremo norte da Província das Esmeraldas. A devastação destas florestas deveu-se, em grande medida, ao crescimento da agricultura na costa, que começou no início do século XX. Ao longo dos últimos quarenta anos, o nível de destruição destas áreas, tornou-as numa das mais desvastadas no Equador. Para além disso, neste momento estas florestas defrontam-se com mais um problema: a monocultura de palmeiras. A prática de substituição das florestas naturais por plantações de palmeiras tem aparentemente o apoio incondicional do recente governo. O óleo de palma tem várias utilizações, desde óleo alimentar, até combustível em substituição do gasóleo, componente de sabonetes, componente de plásticos, etc.

Para se criar uma plantação de palmeiras, as companhias responsáveis começam por derrubar a floresta natural, o que provoca de imediato a redução drástica da biodiversiade local, perturbando e promovendo um impacto negativo nas florestas mais próximas e nas comunidade locais. Os habitantes destas terras têm de abandonar as suas quintas, procurando reorganizar a sua vida nas cidades mais próximas e grandes cidades do país, ou movendo-se para as florestas naturais que restam, ou estabelecendo-se nos territórios ancestrais das comunidades nativas.
 
 
Nestas monoculturas, são utilizadas grandes quantidades de agro-químicos que afectam a saúde tanto de pessoas como de animais, incluindo os que habitam as florestas naturais e mangais adjacentes. Mais de 20 espécies de animais estão em perigo de extinção na região de Choco. Os desperdícios das plantações de palmeiras diminuem o conteúdo em oxigénio da água provocando o desaparecimento de peixes, plantas e outros organismos aquáticos. Este impacto rompe a cadeia alimentar local, destruindo a prinipal fonte de rendimento dos residentes locais.
Até agora já foram convertidos em plantações de palmeiras cerca de 100.000 hectares de floresta nativa, na zona norte da província de Esmeraldas. O sucesso económico desta cultura poderá atrair muitos investidores e especuladores interessados em criar mais plantações, acelerando a destruição destas florestas. Existem fortes interesse económicos, com enorme influência política, que se opõem à limitação deste tipo de plantações. Assim, a menos que sejam tomadas medidas a nível internacional de modo a pressionar o governo do Equador a conservar as florestas naturais da costa, é muito duvidoso que alguma organização ambiental nacional ou força legal consiga deter estes interesses.
 

Comentários

Newsletter