A protecção integrada com novo símbolo

Sara Otero (Ano 2000)
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A partir de Setembro o consumidor vai ter um novo símbolo que identifica os produtos que forem cultivados sob o regime de protecção integrada.


A partir de Setembro o consumidor de frutas ou de produtos hortícolas vai ter um novo símbolo que identifica os produtos que forem cultivados sob o regime de protecção integrada. Esta ideia foi lançada pela Associação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas, e o símbolo foi apresentado na Exponor, em Matosinhos, como actividade paralela da Feira do Ambiente. Para esta associação não fazia sentido existir um esforço coordenado na produção com vista ao respeito destas práticas e não o divulgar ao público consumidor.
A protecção integrada surgiu em resposta à utilização intensiva de produtos químicos nas culturas que teve consequências negativas ao nível dos solos, da qualidade ambiental e dos resíduos que os produtos passaram a integrar. Assim, a protecção integrada caracteriza-se por substituir os produtos tóxicos que se utilizavam no combate aos inimigos das culturas por outros métodos que sejam menos agressivos para o ambiente. Como exemplo temos o recurso a insectos que não atacam as plantas, mas que destroem determinado tipo de pragas.
A protecção integrada começou a ser praticada em Portugal em 1995 e, no final do ano passado, existiam cerca de 9000 explorações a produzir seguindo as práticas agrícolas que o sistema exige, numa superfície cultivada total de cerca de 60 mil hectares. Os principais produtos abrangidos são alguns frutos, a vinha e alguns produtos hortícolas.

O programa de promoção envolve cerca de 20 mil contos financiados a 75% pelo Programa de Apoio à Modernização da Agricultura e da Floresta (PAMAF), e inclui anúncios na comunicação social e acções de divulgação junto do consumidor. O exemplo de uma das peças da campanha é a realização de provas de degustação nas grandes superfícies e no comércio retalhista.

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