Greenpeace e Quercus contra importação ilegal de madeira

Nuno Leitão (Ano 2000)
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Quatro activistas da Greenpeace abordaram um navio, que transporta madeira de Camarões, ao largo do porto de Leixões, e três activistas da Quercus amarraram-se à ponte móvel do porto, para sensibilizarem a população e o Governo contra a importação de madeira abatida ilegalmente.

Ontem à noite, quatro membros da Greenpeace abordaram o navio Aegis, ao largo de Leixões, com o objectivo de sensibilizarem a opinião pública quanto à problemática do abate clandestino de madeira das florestas africanas (neste caso, o navio transporta madeira abatida ilegalmente na floresta húmida dos Camarões). No porto de Leixões 3 activistas da Quercus amarraram-se à ponte móvel do porto de leixões para tentar impedir o navio de atracar. 

Com a intervenção da polícia que se seguiu, terão sido detidos os três activistas que tentavam impedir a entrada do navio. Os restantes quatro participantes nesta acção continuaram no navio amarrados aos dois mastros. Fora do recinto do porto mantiveram-se mais ambientalistas, em protesto continuado. Durante a noite o navio conseguiu acostar na zona de descargas, apesar de seguido por várias lanchas da Greenpeace e da acção dos activistas. A policia retirou os cartazes contra a importação ilegal de madeira tropical que tinham sido colocados na ponte móvel do porto de Leixões. 

Os ambientalistas acusam a empresa SFID, proprietária do navio e subsidiária da grande empresa madeireira francesa Rougiers, de transportar madeira que pelo menos em parte terá sido abatida ilegalmente. Esta acção por parte da Quercus, terá também por objectivo pressionar e sensibilizar o Governo, uma vez que Portugal é um grande importador desta madeira.

Oa activistas da Quercus foram libertados por volta das 12 horas. De acordo com a Quercus, a detenção decorreu de forma extremamente correcta por parte da P.S.P. , após os ambientalistas terem ocupado durante um curto espaço de tempo a ponte que daria acesso ao cais de atracação do navio. Mas, argumenta a Quercus, a Policia Marítima, pelo contrário, teve uma atitude provocatória e ameaçadora tendo posto em perigo, desnecessariamente, vários activistas, em particular do Greenpeace.

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