Grave degradação do Lago Tanganika

Sara Otero (Ano 2000)
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 Lago Tanganika, o maior lago do mundo, armazena 17% do total mundial de água doce, sendo um recurso precioso para mais de dez milhões de pessoas em África. No entanto, devido à poluição, encontra-se em perigo.

O Lago Tanganika, com 650 quilómetros de comprimento e 50 quilómetros de largura, é o maior lago do planeta e armazena 17% do total mundial de água doce, sendo um recurso precioso e necessário para mais de dez milhões de pessoas que vivem no leste africano. No entanto, o futuro do lago está longe de se encontrar seguro, devido ao problema de poluição que o afecta, pondo plantas, animais, pessoas e todas as outras formas de vida que dependem do lago (cerca de 1000 espécies dependentes do lago só existem aí) em perigo.
Desde sempre as populações do Burundi, República Democrática do Congo, Tanzânia e Zâmbia exploraram os seus recursos aquáticos, mas a sua incapacidade para olhar para os problemas de poluição e para a água como um recurso finito, está a levar à destruição da biodiversidade do Lago Tanganika. O desenvolvimento industrial é responsável pela descarga significativa de resíduos, resíduos esses que não são tratados antes de serem lançados para o lago. Além disso, prevê-se que a população nesta região duplique em cada 25-30 anos, o que significa que inevitavelmente a indústria continuará a crescer.
Na verdade, não será só a natureza a sofrer directamente com os problemas de poluição, visto que estes irão afectar todos os países que partilham os recursos do lago e, portanto, a destruição de ecossistemas incluirá também populações humanas. O declínio de ecossistemas aquáticos de água doce e da biodiversidade tem claramente consequências económicas graves. Milhões de pessoas dependem do Lago Tanganika como recurso de água doce para beber e como um fornecedor de peixe, que em certas regiões é a principal fonte de proteína da sua dieta.
 

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