Naturlink

As estimativas do número de rinocerontes no estado selvagem em África são, neste momento, as maiores até agora atingidas desde meados dos anos oitenta. No entanto, várias sub-espécies ainda se encontram em grandes dificuldades, lutando pela sobrevivência. Os conservacionistas continuam a afirmar que as ameaças sobre os rinocerontes africanos continuam tão perigosas como sempre.
Estas novas estimativas foram obtidas por um grupo especializado nos rinocerontes africanos da World Conservation Union (IUCN), em colaboração com a World Wild Fund (WWF). Duas das seis sub-espécies de rinocerontes africanos continuam a apresentar números muito baixos, e as invasões da propriedade privada no Zimbabwe pelos veteranos de guerra e outros indivíduos, correntemente causam graves dificuldades a várias populações destes animais.
Em 1992 existiam somente aproximadamente 8300 rinocerontes em estado selvagem em África, presentemente, existem mais de 13000. Este aumento resultou, predominantemente, do contínuo e rápido crescimento do número de rinocerontes brancos, a maioria dos quais encontrando-se na África do Sul.
 
 
A WWF descreve esta recuperação como uma das histórias de sucesso mundiais em termos de conservação de espécies. De apenas 20 rinocerontes brancos em 1985, em 1999 passaram a ser 10300. Outros 721 rinocerontes brancos encontram-se em cativeiro, distribuídos por todo o mundo. O número de rinocerontes negros aumentou modestamente, de 2450 indivíduos em 1992 para 2700 em 1999.
No entanto, refira-se novamente que estes números encobrem a situação delicada de certas sub espécies, que estão reduzidas a um número escasso de 10 indivíduos, por exemplo.
Os rinocerontes sofreram enormemente com décadas de caça descontrolada. No entanto, a guerra, a instabilidade e a pobreza também são fortes factores de pressão para estas e outras espécies, que se encontram numa situação muito delicada em termos de conservação. A África do Sul sozinha conserva 83% de todos os rinocerontes que se encontram no continente africano.