Flores e Insectos, jogos de sedução Primaveril

Sara Otero
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Vamos desvendar alguns aspectos da relação das flores com os insectos e dos jogos de sedução que a regem.

O maior problema das plantas com flor é precisarem de um meio de transporte para o seu polén. Precisam, portanto, de oferecer algo e darem-se a conhecer. Ora o que elas oferecem é o néctar. Claro está que as flores polinizáveis por insectos precisam de muito menos néctar que as flores polinizáveis por aves.

A flor utiliza dois métodos para fazer a sua publicidade: as pétalas, que desempenham uma função de atracção visual, e as glândulas de perfume, como meio de atracção olfactivo. Acontece que certas flores praticamente não têm pétalas. Então como é que poderão compensar esta falha? Utilizam as sépalas! Normalmente as sépalas são peças triangulares verdes que formam o cálice na base da flor, como é o caso da rosa, mas certas flores transformam-nas, passando a parecer-se tanto com as pétalas que é difícil fazer uma distinção. É o caso, por exemplo, do lírio, da magnólia, da tulipa. Aliás, se observarmos um lírio antes de abrir a corola, as sépalas ainda estão verdes; a túlipa, por outro lado, conserva um pouco de verde na base da sua corola.

Em casos desesperados a planta consegue mascarar as suas folhas. É o caso das flores de buganvília de um branco-creme bastante comum, que por serem muito pequenas, a planta encarrega três folhas para darem uma ajuda. O resultado são três folhas que se coloram de vermelho ou de roxo, envolvendo a flor durante semanas, daí o sucesso das buganvílias entre os insectos.

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