Origem e Evolução das Borboletas

Teresa Catry
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A evolução dos lepidópteros está também fortemente associada à evolução das plantas angiospérmicas (plantas com flor), das quais os primeiros se alimentam e são dependentes. Os primeiros lepidópteros deveriam ter trombas curtas e alimentar-se-iam de néctar apenas em flores com nectários extra-florais, mas também de outras fontes de açúcar, tais como a seiva. A evolução dos longos proboscis destes insectos decorreu paralelamente com a evolução de flores com nectários menos expostos, localizados em locais menos acessíveis e que dependiam das borboletas e mariposas com trombas compridas para a polinização. O registo fóssil demonstra que as primeiras angiospérmicas apareceram no início do Cretácico, há cerca de 130 milhões de anos, período em que todos os lepidópteros existentes tinham mandíbulas adaptadas a cortar (à semelhança da actual família Micropterigidae, constituída por mariposas que voam de dia) e se alimentavam de pólen. Neste período outros insectos da família das moscas e das abelhas eram os principais polinizadores das plantas com flor e apenas no Terciário se deu a explosão de formas de angiospérmicas e de lepidópteros, tendo início o processo de co-evolução, que os tornou mutuamente dependentes.

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